Em discurso na formatura de novos diplomatas, no Itamaraty, o presidente voltou a criticar os subsídios agrícolas dos países desenvolvidos e disse esperar que a discussão em torno do preço dos alimentos tenha um impacto positivo nas emperradas negociações da Rodada Doha.
"Quando lancei a ação contra a fome e a pobreza, jamais pensei que o consumo de alimentos pudesse ser utilizado como argumento contra nós. Se os países ricos desejam realmente aumentar a oferta de alimentos, por que não eliminam os subsídios que dão a sua agricultura? Isso estimulará a produção nos países mais pobres que têm mais terras, mais mão-de-obra e, agora, como ficou provado no caso do Brasil, tecnologia avançada", afirmou.
O discurso do presidente se dá um dia após o relator da ONU (Organização das Nações Unidas) para o direito à alimentação, o suíço Jean Ziegler, ter apelado por uma "suspensão total" da produção de biocombustíveis. Anteontem, a ONU se reuniu em Berna, na Suíça, para traçar um plano contra a crise alimentar no mundo.
Lula atribuiu à política externa brasileira parte do êxito pelo Brasil estar hoje menos vulnerável a crises internacionais. Segundo ele, o Brasil desta vez não está "tão tranqüilo", mas sim "maduramente tranqüilo e assentado com o pé no chão". Para Lula, um dos motivos de tranqüilidade é a diversificação de parceiros comerciais. (Fonte: Folha de São Paulo)
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