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Esporte Quinta-feira, 21 de Julho de 2016, 10:11 - A | A

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Brasileirão Série D 2016

Elenco expõe atraso de salários no Sete, mas diz que vai até o fim

Jogadores pedem apoio de empresários à diretoria do clube para compromissos sejam pagos

Rogério Vidmantas
Capital News

Rogério Vidmantas/Capital News

Técnico Chiquinho e jogadores do Sete em entrevista no vestiário do Douradão

Técnico Chiquinho e jogadores do Sete em entrevista no vestiário do Douradão

Às vésperas da participação do Sete de Dourados na segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro, os jogadores pediram uma entrevista coletiva para expor os problemas financeiros que o clube atravessa e como estão sendo afetados. Segundo eles, os salários estão atrasados há dois meses e a premiação pelo inédito título estadual ainda não foi pago. 

O encontro dos jogadores com a imprensa aconteceu no vestiário 1 do Estádio Douradão, local utilizado pelos clube nos treinos e jogos. Todos estavam presentes e a mesa, além do técnico Chiquinho Lima, foi composta também pelo atacante Aloísio, o zagueiro Bruno, o volante Peu, os meias Thiago Mattos e Juninho Cearense, os goleiros Fernando Hilário e Filipe e o lateral Altino.

Apesar dos salários atrasados, os jogadores trataram de afastar logo no início da entrevista qualquer possibilidade de deixarem de jogar nesta reta final de Brasileiro. De acordo com Chiquinho, há um acordo dentro do grupo para não deixar ânimo do grupo cair. “Temos um pacto para que situações adversas não interfiram dentro de campo e os atletas estão sendo responsáveis e comprometidos em cumprir isso”. Segundo ele, expor o problema foi a saída encontrada pelos jogadores para ajudar o clube. “Viemos pedir ajuda ao empresariado para o Sete. Mas não vamos deixar de brigar pelo acesso”, disse o treinador.

Para o goleiro e capitão, Fernando Hilário, o clube sofre agora por não ter recebido o apoio que esperavam. “Tivemos promessas pelo título estadual que não chegaram. Estamos vendo o presidente vender bens pessoais e isso também não é justo”, afirma o atleta em relação ao fato do gestor Tony Montalvão ter vendido dois carros para quitar parte dos salários dos jogadores. 

Arquivo Gazeta MS

Gestor do Sete de Dourados quer o clube em competições nacionais

Tony Montalvão é o gestor responsável do Sete de Dourados


Desprotegidos
Além dos problemas financeiros, jogadores e comissão técnica reclamaram também da falta de suporte de representantes da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) e da classe política em jogos disputados em outros Estados durante o Brasileiro. “Nós vemos os times que vieram jogar contra nós em Dourados chegarem com o presidente ou vice da federação na delegação ou ainda políticos e isso é notado. Nós viajamos sozinhos e em todos os jogos os erros de arbitragem contra o Sete foram percebidos”, disse Chiquinho. “Futebol se ganha dentro e fora de campo”, completou Juninho Cearense.
 
Em campo, o time seguiu a preparação para enfrentar o Fluminense de Feira-BA no domingo fora de casa. Chiquinho sabe que não vai contar com Fernando Hilário, suspenso. Na sua vaga deve entrar Filipe. Os volantes Eduardo Arroz e Altino não estão totalmente recuperados de contusões e ainda são dúvidas para a partida de domingo. 

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