Os preços do milho seguem em trajetória de queda no mercado brasileiro, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A pressão sobre as cotações é resultado das boas condições climáticas durante o desenvolvimento da segunda safra, que reforçam as expectativas de uma produção volumosa na temporada 2024/25.
Na última semana, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) atualizou os números da colheita e apontou um aumento de 1,37 milhão de toneladas em relação à estimativa de maio. A projeção atual é de uma produção total de 128,25 milhões de toneladas de milho no país.
Somente a segunda safra deve responder por 101 milhões de toneladas, frente às 99,8 milhões estimadas anteriormente. O volume representa um aumento de 12% em relação à safra passada e é considerado a segunda maior da série histórica da Conab.
O cenário de oferta elevada, aliado à menor demanda no mercado interno e à pressão sobre os preços internacionais, contribui para a tendência de desvalorização do cereal no Brasil, apontam os analistas.