A 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS) determinou que Adélio Bispo, autor da facada no então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL) em 2018, seja mantido internado. A justificativa para manter a internação na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, foi perigo para a sociedade, atestada na última perícia médica realizada no dia 25 de julho.
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O laudo afirma que a condição diagnosticada de transtorno delirante dele é agravada pela recusa em receber medicação psicotrópica indicada pela equipe médica.
A decisão está sob sigilo, pois transcreve fundamentos médicos protegidos pela Constituição. Quando foi considerado inimputável, ainda em 2018, Adélio foi absolvido das acusações, porém, como prevenção, foi internado por tempo indeterminado.
Em laudo de 2019, Adélio foi diagnosticado com transtorno delirante permanente paranoide, o que não permite a punição criminal, e, por isso, ele foi considerado inimputável. Uma nova perícia médica precisava ser feita três anos após a decisão para saber se o estado de saúde mental dele permanece o mesmo e se ele ainda representa um risco para a sociedade. Essa perícia foi realizada no dia 25 de julho
Em 2019, no dia 14 de junho, o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, expediu a sentença de Adélio Bispo. Na ocasião, ele converteu a prisão preventiva em internação por tempo indeterminado. Pela decisão, o agressor deveria permanecer na Penitenciária Federal de Campo Grande. Essa intervenção deve durar até que um perícia médica indique cessação da periculosidade.
O atentado
O atentado ocorreu em 6 de setembro de 2018, quando Jair Bolsonaro ainda era candidato a presidente da República e participava de um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
Adélio Bispo foi preso no mesmo dia e, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), confessou ter sido o autor da facada.