A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul (SRTE-MS) acumula quase 3 mil carteiras de trabalho físicas que nunca foram retiradas. Segundo o órgão, cerca de mil foram devolvidas pelos Correios após serem deixadas em cidades do interior, e outras duas mil foram emitidas na própria superintendência, mas os trabalhadores não buscaram.
Desde a criação da versão digital, muitos pensam que o documento físico perdeu a utilidade, o que não é verdade. “A carteira física ainda é fundamental, principalmente quando há falhas nos registros digitais feitos pelas empresas”, explica o superintendente regional, Alexandre Cantero. Casos judiciais e revisões de aposentadoria são exemplos em que o documento impresso ainda é exigido.
“Temos documentos aqui há anos, esperando pelos donos. Eles podem ser a chave para garantir benefícios como aposentadoria, FGTS e tempo de serviço”, destaca Cantero. A superintendência lembra que os documentos são preservados por até 100 anos, mas é preciso que o próprio trabalhador vá buscá-los.
A retirada é gratuita e pode ser feita na sede da SRTE-MS, na Rua 13 de Maio, nº 3.214, em Campo Grande, com apresentação de um documento com foto. Quem perdeu o documento pode solicitar a segunda via mediante boletim de ocorrência e documentos pessoais.
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