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Cotidiano Terça-feira, 07 de Janeiro de 2020, 10:07 - A | A

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Caso raro

Gêmeas siamesas nascem na Santa Casa de Campo Grande

Irmãs estão internadas em estado grave, porém estável; ligação das gêmeas foi descoberta na primeira ultrassom

Elaine Silva
Capital News

 

Divulgação/Santa Casa

Gêmeas siamesas nascem na Santa Casa de Campo Grande

Ligação das gêmeas foi descoberta na primeira ultrassom

 

As gêmeas siamesas Maria Julia e Luna Vitória “segue em internadas em estado grave, porém estável hemodinamicamente. Elas permanecem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa e respiram com o auxílio de aparelhos. A equipe médica informa ainda que as gemelares recebem antibióticos, alimentação parenteral, recebendo acompanhamento da equipe médica clínica e cirúrgica multidisciplinar e que ainda não tem definição em relação a cirurgia de separação”, conforme a nota da Santa Casa de Campo Grande. 

 

Esse é o terceiro caso atendido pelo hospital, nos últimos seis anos. As meninas nasceram na última sexta-feira (3). As duas bebês nasceram com 35 semanas e interligadas pelo tórax e parte superior do abdômen, pesando juntas 3.890kg. A mãe das gêmeas, Alice Aparecida Silva, conta que descobriu da situação das filhas no primeiro ultrassom. Conforme a assessoria do hospital, durante a gestação, Alice ficou internada na Santa Casa por quatro vezes e, agora, a expectativa é sair do hospital com as filhas nas mãos. “A primeira vez que eu fiquei internada estava com 28 semanas aí depois disso ficava uma semana em casa e a outra aqui no hospital até o momento do parto. Todo suporte que eu tive aqui na Santa Casa desde o começo foi maravilhoso. Eu sou muito grata. Agora queremos que elas fiquem forte logo e levar elas para casa. Estamos torcendo para que tudo dê certo. Só de elas estarem vivas até agora já é uma vitória. Sabemos que toda equipe envolvida com nossas filhas está fazendo o melhor”, agradeceu.

Divulgação/Santa Casa

Gêmeas siamesas nascem na Santa Casa de Campo Grande

Gêmeas siamesas Maria Julia e Luna Vitória 

Nascimento de gêmeas xifópagas ou gêmeas siamesas tem incidência de 1 para cada 100 mil nascidos vivos. Em geral, no mundo, somente 18% dos gêmeos nessa condição sobrevivem. É um caso bastante grave e complexo. A decisão em relação ao manejo clínico e cirurgia de separação depende da anatomia interna em relação a quais órgãos e de que forma são compartilhados. “Nos outros casos, uma das duplas de gêmeos foram estabilizados e transferidos para Goiânia já os outros gemelares foram a óbito ainda no pronto-socorro Pediátrico (nascidos em Três Lagoas). São casos raros que precisam ser estudados minuciosamente antes de tomarmos qualquer decisão. As gêmeas estão sendo acompanhadas por toda equipe multiprofissional e recebendo o melhor tratamento para elas no momento”, explicou o neonatologista, Dr. Walter Perez.

 

A equipe responsável pelo parto foi: as médicas obstetras, Dra. Janaína Hildebrande Coelho, Dra. Rosinéia de Araújo Martos, os médicos neonatologistas, Dr. Pedro Augusto Pereira do Amaral e Dra. Mayara Bonfim Loiola, a pediatra, Dra. Uyara Passos Torres de Araújo além da supervisora de enfermagem, Bárbara Bruno e as enfermeiras, Katiane Pereira, Nayane Nalaggi, Janete Américo e demais técnicos de enfermagem.

 

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