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Cotidiano Quinta-feira, 16 de Junho de 2016, 14:37 - A | A

Quinta-feira, 16 de Junho de 2016, 14h:37 - A | A

Operação Lama Asfáltica

Ex-secretário de Estado, empresário e servidores públicos são denunciados por lavagem de mais de R$ 45 milhões em verbas públicas

Com atuação no governo estadual, organização criminosa usou recursos para comprar fazendas em MS

Patrick Alif
Especial para o Capital News

Deurico/Capital News, Reprodução/TV Morena e Jornal Tribuna Livre

Ex-secretário de Estado, empresário e servidores públicos são denunciados por lavagem de mais de R$ 45 milhões em verbas públicas

Da esquerda para a direita: Edson Giroto, Wilson Roberto Mariano de Oliveira e João Amorim

O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) denunciou à Justiça nesta quinta-feira (16) Edson Giroto, ex-secretário Estadual de Obras e Transportes e ex-deputado federal, Wilson Roberto Mariano de Oliveira, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Paranaíba, o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos e outras 10 pessoas pelo crime de lavagem de dinheiro.
 
As três primeiras denúncias criminais da investigação conhecida como Lama Asfáltica apontam para a lavagem de ativos em valores acima de R$ 45 milhões, através da aquisição de fazendas em nome de parentes. O dinheiro é fruto de desvio de recursos públicos gerenciados pelo governo do estado.

A Justiça Federal agora irá analisar as denúncias. Se forem aceitas, os denunciados tornam-se réus em processo criminal que tramitará pela 3ª Vara Federal de Campo Grande.

A investigação apontou que uma organização criminosa funcionou, ao menos de 2007 até 2014, no Poder Executivo do Estado de Mato Grosso do Sul, notadamente na Secretaria Estadual de Obras Públicas e de Transportes e na Agência Estadual de Gestão de Empreendimento (Agesul), voltada ao desvio de recursos públicos provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul, União e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A organização criminosa era composta por políticos, funcionários públicos com vínculo estatutário e contratual com o Estado de Mato Grosso do Sul, bem como administradores de empresas contratadas pelo Poder Executivo.

Além dos três acusados, o MPF/MS denunciou ainda Flávio Henrique Garcia Scrocchio, Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto, João Afif Jorge, Mariane Mariano de Oliveira Dornellas, Maria Helena Miranda de Oliveira, João Pedro Figueiró Dornellas, Ana Paula Amorim Dolzan, Ana Lúcia Amorim, Renata Amorim Agnoletto e Elza Cristina Araújo dos Santos.

Foi requerida ainda pelo MPF/MS a manutenção da prisão preventiva de Edson Giroto, João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Ana Paula Amorim Dolzan, Elza Cristina Araújo dos Santos, Flávio Henrique Garcia Scrocchio, Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto, Wilson Roberto Mariano de Oliveira e Mariane Mariano de Oliveira Dornellas.

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