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Polícia Segunda-feira, 10 de Maio de 2010, 17:03 - A | A

Segunda-feira, 10 de Maio de 2010, 17h:03 - A | A

Integrantes do PCC presos na Capital planejavam assassinar diretor de presídio em Dourados

Por: Ana Maria Assis e Jefferson Gonçalves – Capital News

Durante coletiva para a imprensa na tarde desta segunda-feira (10), o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Militar (PM) afirmaram que um dos planos da quadrilha ligada à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), que foi presa hoje, era assassinar o diretor do presídio Harry Amorim da Costa, de Dourados. (cidade distante 228 quilômetros ao sul de Campo Grande). São nove integrantes detidos liderados por José Cláudio Arantes, que também foi preso, e que tinham suas ações coordenadas pela “madrinha do PCC”, Solangia Silva Santos.

Arantes foi um dos líderes da rebelião do PCC de 2006 em Mato Grosso do Sul, que aconteceu em várias cidades do país. Após progressão de pena Arantes estava detido na na Colônia Penal em regime semiaberto, de onde continuava liderando a quadrilha onde atuava com familiares incluindo esposa e filha. Arantes coordenava ações que envolvem tráfico de drogas e de armas.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David dos Santos, explica que para chegar até os integrantes da quadrilha houve uma ação conjunta do Gaeco, da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) e da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), que investigou todas as ações a partir de vistorias nospresídios, onde após análises de celulares, descobriu-se indícos da ação da quadrilha. As pistas para encontrar os outros oito integrantes partia das ações do “cabeça” do crime organizado, tio Arantes, e a investigação acontecia há mais de cinco meses.

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As vistorias em presídios foram fundamentais para desmantelar a quadrilha supostamente ligada ao PCC, segundo o comandante geral da Polícia Militar Carlos Alberto David dos Santos
Foto: Deurico/Capital News

Além de Arantes, foram detidas, a esposa dele Ana Aparecida Pires da Silva, a filha Viviane Kelin Leite Arantes, presa por tráfico desde o dia 18 de abril, a nora Ana Cristina Almeida Fernandes, o genro Antenor Mota de Moraes Neto, Marizete Fernandes Teixeira, Solangia Silva Santos, conhecida como madrinha do PCC e Ricardo de Souza e Kelly Maciel Ribeiro, ambos detidos no município de Dourados. De acordo com as investigações, Ricardo estaria envolvido no plano de execução do diretor do prsídio Harry Amorim Costa, local onde estava detido por tráfico.

Outros integrantes

Solangia Silva Santos, conhecida como a "madrinha do PCC", tambem tinha um papel fundamental na quadrilha. De acordo com a polícia, ela prestaria um tipo de “assistência social” às famílias dos integrantes da facção que já estavam presos. Conseguia moradia, alimentos, para que eles pudessem realizar as visitas confortavelmente. Solangia ainda liderava ações de tráfico e também era responsável para manter a “disciplina” dos integrantes da organização.

No total das investigações, foram apreendidos 700 kg de drogas. Também foram apreendidas duas pistolas 9 milímetros, porém, segundo a Gaeco, a movimentação de armas conforme as investigações é bem maior.

As investigações também levaram à prisão da advogada Rosana D’ Élia Belinarti na manhã de hoje (10), mas com o pagamento de fiança de R$ 1000,00 ela já está em liberdade. A advogada foi presa por porte ilegal de armas, com um revólver calibre 38 em sua residência, no município de El Dourado. Mas a suspeita das investigações é que ela tenha ligação com o PCC e que chegou a encobertar a fuga de um criminoso conhecido como “Playboy”, outro envolvido que foi morto em um confronto com a Polícia. Conforme as investigações, ela também patrocinou o funeral do criminoso e foi reembolsada pela facção.

Cada um dos nove integrantes da quadrilha presos hoje têm sua função específica no crime organizado. Os policiais não informaram maiores detalhes, pois a investigação ainda está em andamento.  De acordo com as investigações, as drogas e as armas seriam encaminhadas paras várias cidades nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.


Por: Ana Maria Assis e Jefferson Gonçalves – Capital News
 

 

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