Mais uma vez em debate a aparente divergência interna do PMDB de Mato Grosso do Sul quanto às garantias de apoio à Presidência da República dentre os dois mais fortes nomes do momento, segundo pesquisas, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Nelson Trad Filho e André Puccinelli seriam os opostos da história e a situação parece ter ficado mais complicado depois da vinda do líder petista José Dirceu a Campo Grande. Ele teria apontado que o prefeito da Capital já declarara apoio à ex-ministra-chefe da Casa Civil.
Em janeiro, Nelsinho disse preferir a candidata apontada pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi repreendido por outras lideranças peemedebistas daqui e até causou furor com o governador André Puccinelli. Em entrevistas posteriores, entretanto, Nelsinho afirmou que iria pelo caminho que sua legenda e André apontassem.
Todavia, na semana passada e começo desta, tornou a admitir predileção pela ex-ministra da Casa Civil e, novamente, causar certa situação aparentemente constrangedora no PMDB.
Em evento realizado no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo na manhã desta segunda-feira (26), André deu a entender que puxará Nelsinho para o lado de José Serra. Ou melhor, deu a entender que tem o poder de decisão sobre a definição de Nelsinho. “Cateto fora do bando é comida de onça.”
Indagado se seria uma alusão à “individualidade” de Nelsinho, André sorriu.
Quanto à afirmação de Zé Dirceu, André foi lacônico: “Ele fala por ele e eu falo por mim. E eu não falei ainda”, referindo-se ao dia que anunciará formalmente seu apoio a Dilma ou a Serra.
Dia 3 de maio, o presidente Lula vai ao Paraguai em encontro com o presidente de lá, Fernando Lugo. Antes, passa em Ponta Porã (na fronteira), e será recebido pelo governador. André diz que não puxará conversa sobre política, mas, fala se Lula começar a comentar o assunto.
Nelsinho, em evento na Câmara Municipal de Vereadores, chegou a ser perguntado pela imprensa sobre o assunto e respondeu que era para conversar com André.
Nelsinho já declarou ter planos de se candidatar ao governo do Estado em 2014. Para isso, precisa de apoio político dentro do PMDB e de partidos aliados. Peemedebistas e membros dos aliados já se posicionaram que receberam com estranhamento a predileção dele por Dilma. O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos já dissera antes. “Se ele tem pretensões políticas futuras, tem que procurar essa linha então”, referiu-se a Nelsinho buscar apoio ou mesmo filiação no PT. A afirmação foi ainda em janeiro, quando o prefeito apresentou suas opiniões pela primeira vez de forma aberta à imprensa.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
