Terça-feira, 14 de Maio de 2024



ENTREVISTA Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2014, 08:48 - A | A

Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2014, 08h:48 - A | A

Setor lojista faz balanço positivo do setor e espera novas conquistas para 2015

Taciane Peres - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A equipe do Capital News conversou com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande, Ricardo Kuninari sobre as novas perspectivas, novo mandato, questões econômicas, políticas para o ano de 2015 no setor. Confira na íntegra como foi esse bate papo.

Capital News: Como o senhor analisa esses anos de gestão a frente da CDL?

Kuninari: “Nós estamos no sétimo ano da nossa gestão, assumimos a CDL em janeiro de 2008, então são 7 anos de muita luta e conquistas para o setor e agora estou indo para a FCDL, mas ainda faço parte da diretoria como vice-presidente. E estamos fazendo exatamente uma retrospectiva desses últimos 7 anos. O principal objetivo da CDL era tornar uma entidade mais forte, moderna, atuante e principalmente representativa, e nós conseguimos pela avaliação que os empresários e diretoria fizeram nós conseguimos bater todas as nossas metas, nós conseguimos alcançar e muito se deve a fazer alianças estratégicas”.

Capital News: As parcerias contribuiram muito para a expansão do setor, como avalia o trabalho agregado junto a empresas parceiras?

Kuninari: “Nossa entidade era pequena e hoje temos quase 3 mil associados. E tudo isso a base de parcerias e hoje graças a este trabalho em conjunto, somos unidos e fazemos alianças relacionadas ao setor produtivo. As nossas aliadas são a federação do comércio, o sindicato e varejo, a FIEMS, Famasul, Sebrae, Crea e sem essa parceria fica tudo mais difícil. Nós fizemos um trabalho próximo também aos órgãos públicos, a prefeitura e governo, Caixa Econômica, Sicredi, inclusive nasceu a Sicredi empresarial para fortalecer a questão do cooperativismo, são coisas que vão sendo feitas para melhorar o trabalho do empresário na nossa região”.

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Presidente fala sobre setor e cenário econômico e político
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

Capital News: Uma conquista importante para o setor, foi prêmio mérito lojista, considerado o “Oscar do varejo”, certo?

Kuninari: Nós criamos o prêmio mérito lojista nesses anos de trabalho, está em sua sexta edição e nesta edição nós homenageamos 45 empresas em 45 segmentos diferentes, que é considerado hoje o “Oscar do varejo” na nossa capital, uma conquista de extremo orgulho para a nossa entidade. São 10 empresas finalistas de cada categoria, a eleição é feita através de pesquisa e da internet e é uma premiação que dá muito respaldo e faz com que elas melhorem sempre o atendimento, procurem ser empresas boas para a população, para se manter sempre em um desses patamares, hoje temos muito orgulho de também fazer história no setor lojista com essa premiação. Pra você ser reconhecido numa pesquisa popular você deve ficar muito orgulhoso e é motivo de muito orgulho. É muito disputado e um reconhecimento do setor.

Capital News: É importante também se criar uma relação de parcerias, a CDL é um exemplo para o setor cooperativo local?

Kuninari: Podemos considerar que sim. Nós temos uma média de 28 encontros empresariais, para trazer as melhores práticas do que acontece no seguimento lojista, com informações, tecnologia. Quando nós começamos ninguém fazia e hoje é um modelo para outras entidades, é mais um motivo de orgulho para a nossa categoria, criando almoço executivo, encontro de negócios, happy hour, vários encontros para fomentar informação e melhorias para a categoria.

Capital News: A CDL também tem a intenção de criar coisas novas e que facilitem a vida do empresário, do lojista, como foi a CDL Celular?

Kuninari: As empresas até hoje tiveram muitos problemas com telefonia, as empresas contratavam serviços de telefonia e as empresas sofriam muito com isso. Nós fizemos um projeto que nasceu em Anápolis, mas a CDL foi a única que implantou esse sistema na Capital, então somos uma referência na questão de telefonia. O que acontece, o empresário não fala mais com a operadora, ele procura a entidade, temos a CDL celular, então é uma série de vantagens e as pessoas, os empresários não tem mais problemas com telefonia, nós oferecemos todo o suporte necessário para a empresa.

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Presidente também fala sobre a crise de consumo ocorrida através dos vários créditos disponíveis no mercado
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

Capital News: O cenário político local, influencia o setor lojista, qual a sua avaliação em relação a gestão do prefeito Gilmar Olarte e o que pensa sobre o futuro governo do Governador eleito Reinaldo Azambuja ?

Kuninari: Nós sempre fomos grandes parceiros da prefeitura, mas tivemos algumas dificuldades, logo que o Bernal assumiu e com a chegada do prefeito Gilmar Olarte, as coisas começaram a melhorar, ele foi mais aberto e tem atendido bastante as demandas dos empresários, trabalhando em conjunto, alinhados com os interesses dos empresários e tentado construir junto, fazendo um trabalho em conjunto com a prefeitura. A gente entende que ele assumiu uma herança e está enfrentando dificuldades, como o não pagamento do décimo terceiro e isso prejudicaria muito o setor lojista em geral, pois sempre foi pago rigorosamente em dia, então surgiu uma certa intranqüilidade, mas acredito que as coisas vão voltar a normalidade e o setor não será tão prejudicado nesse sentido. O lojista tem que ser versátil, não pode ficar esperando relações políticas, o que acontece na política para agir, com o governo novo do Governador eleito Reinaldo Azambuja , as expectativas são as melhores mas nós não devemos pensar o que acontece na política para agir, toda ajuda é bem vinda e o cenário econômico e político é o melhor possível para 2015.

Capital News: Nosso país acabou de sair de uma recessão técnica, isso tem afetado o cenário econômico local?

Kuninari: O comércio tinha expectativas maiores para um crescimento contínuo, de 8, 10 ou 15%. Esse ano nós passamos por dificuldades e tivemos que criar ações diferenciadas, pois o empresário tem que ir se readequando ao mercado, muita gente teve uma renda abaixo do que estava esperando. O governo federal ofereceu muitas condições de consumo, mas também gerou muitas dívidas e isso gerou um “boom” de dívidas. Então estamos passando por um período de não muita oferta enquanto o consumidor está endividado, mas nós temos ai ótimas perspectivas para que nos próximos meses de 2015 as coisas melhorem para as empresas e principalmente para o consumidor.

Os projetos futuros envolvem a FCDL, a Federação dos dirigentes lojistas, como vai ser este trabalho?

Kuninari: A Federação das câmaras de dirigentes lojistas, hoje é uma das menores federações da União, em Campo Grande, Dourados e Sidrolândia. Agora temos um objetivo de abrir novas CDLs, levar vantagens, experiências e os benefícios para os empresários de Mato Grosso do Sul. Temos uma grande parceria com as federações das associações comerciais, então é importante unir forças e trabalhar em conjunto, esse é o caminho, só unindo as forças é que teremos condições de crescer ainda mais, nosso objetivo principal é crescer e agregar novas empresas, tornar o setor ainda mais produtivo e de qualidade para o consumidor, esse é o nosso objetivo e vamos fazer isso de uma forma positiva e interessante ao empresário.

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