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Saúde Quarta-feira, 22 de Março de 2017, 16:59 - A | A

Quarta-feira, 22 de Março de 2017, 16h:59 - A | A

Audiência Pública

Profissionais de saúde denunciam agressões diárias na Rede Pública em Audiência Pública

Melhorias no atendimento e no serviço para os profissionais, assim como agressões por eles sofridas, foram debates durante audiência na Casa de Leis

Flavia Andrade
Capital News

Izaias Medeiros/Câmara Municipal

Profissionais de saúde denunciam agressões diárias na Rede Pública em Audiência Pública

Melhorias no atendimento e no serviço para os profissionais, assim como agressões por eles sofridas, foram debates durante audiência na Casa de Leis

Na manhã dessa quarta-feira (22) durante Audiência Pública realizada na Câmara Municipal, A violência sofrida por profissionais de saúde nas Unidades de Saúde de Campo Grande e estratégias para coibir as agressões físicas, psicológicas e verbais foram debatidas por autoridades, usuários e profissionais da área.

 

O proponente da Audiência, vereador Fritz apresentou dados alarmantes sobre a questão. "Hoje na saúde municipal temos registrado uma agressão física semanal, pelo menos uma agressão verbal diária no serviço de atendimento. 70% das agressões registradas oficialmente são de mulheres, há um número menor de homens agredidos", salientou.

 

Para o secretário municipal de segurança pública, Valério Azambuja, "o Poder Púbico precisa dar uma resposta e isso passa pela Câmara de Vereadores que é uma fiscalizadora do Executivo. Estamos fazendo uma reengenharia, a partir de 1 de abril, criando uma nova escala para os guardas municipais nos postos. Hoje temos de 4 a 5 tipos de escala, são mais de 500 pontos para ser atendidos. Já começamos esse processo em todas unidades de saúde. Nas unidades 24 horas, que são pontos críticos, teremos dois guardas. Em cinco meses registramos  13 ocorrências, onde foram lavrados boletins junto à delegacia,sei que isso representa apenas 10% do que ocorre na realidade. Estamos reorganizando a guarda civil municipal, que sozinha não é a solução. Lamentamos a questão de saúde pública ser tratada como questão de segurança pública", disse.

 

De acordo com Angelo Evaldo Macedo, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem da Prefeitura de Campo Grade, "essa Audiência é uma iniciativa de suma importância para estabelecer de forma segura um protocolo que possa trazer segurança para que todo profissional de saúde possa exercer seu trabalho de uma forma segura, sem se sentir ameaçado, sem se sentir oprimido. Existe várias formas de violência, e o profissional de enfermagem é vitima de quase todas elas, em sua maioria. A maior delas, que tem proporção gigantesca é a violência física. Precisamos de um olhar atento, buscando protocolos para nos salvaguardar. O Sindicato vem registrando semanalmente agressões sofridas por nossos profissionais de enfermagem. Pedimos que haja uma segurança eficiente para o profissional que trabalha em saúde", afirmou.

 

Para vereadora Enfermeira Cida Amaral, “As agressões física e verbal são muito evidentes. Um exemplo é quando um paciente debilitado procura uma unidade de saúde pública e não encontra o médico para fazer o atendimento. Ele acaba descontando toda a frustração em cima de quem está ali. Já a psicológica, nem sempre é percebida pela administração pública”, ressalta a vereadora Enfermeira Cida.

 

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