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Polícia Quinta-feira, 29 de Novembro de 2018, 09:10 - A | A

Quinta-feira, 29 de Novembro de 2018, 09h:10 - A | A

REPRESSÃO

Traficantes que mandavam cocaína para o exterior agiam com ramificação em MS

A organização criminosa movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão nos últimos três anos, segundo a polícia

Laura Holsback
Capital News

 

Divulgação/PF

Poderosos traficantes que mandavam cocaína para o exterior agiam com ramificação em MS

Cocaína era enviada do Brasil para a Europa

 

Policiais federais deflagram na manhã desta quinta-feira (29) a “Operação Planum”, para combater esquema de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional. Investigações apontam que os criminosos faturaram fortuna com o envio de cocaína para fora do Brasil. A Operação acontece no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, onde o bando tinha ramificação.

 

A Operação está sendo executada pela PF do Rio Grande do Sul e cumpre, em Campo Grande, seis mandados de busca de apreensão, um em Fátima do Sul e outro em Caarapó. Em MS, 32 policiais federais cumprem as ordens judiciais. 

 

Segundo notícia do site G1, em todos os estados alvos da ação, a polícia cumpre 23 de prisão e mandados de busca e apreensão em 40 endereços e ordens judiciais para sequestro e bloqueio de imóveis, fazendas, aeronaves, embarcações, veículos e contas bancárias, estimados em mais de 25 milhões de reais.

 

As investigações comprovam o envio de 2,2 toneladas de cocaína do Brasil para a Europa pelo grupo criminoso. A droga era enviada em blocos de concreto. Os traficantes usavam doleiros em São Paulo para o pagamento das transações do tráfico de drogas no exterior. A organização criminosa movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão nos últimos três anos, segundo a polícia.

 

Os traficantes teriam um banco informal para a lavagem de dinheiro, de origem de diversos crimes, além do tráfico de drogas, como contrabando e outros ilícitos. Já foram rastreadas cerca de 90 empresas de fachada e 70 pessoas empregadas como “laranjas” do grupo para a operacionalização da lavagem de dinheiro e operações de câmbio ilegais.

 

O inquérito policial foi instaurado em junho de 2017 para apurar o envio de cocaína da Bolívia para o Rio Grande do Sul. A Polícia Federal identificou que aviões partiam de Mato Grosso do Sul para serem carregados com grande quantidade de cocaína na Bolívia e seguiam até o Rio Grande do Sul, onde pousavam em fazendas compradas pela organização criminosa. A droga seguia, pelas rodovias, para outros estados e permanecia em depósitos até ser despachada para a Europa através de portos brasileiros.

 

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