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Polícia Terça-feira, 08 de Dezembro de 2009, 10:13 - A | A

Terça-feira, 08 de Dezembro de 2009, 10h:13 - A | A

PF prende sete em MS apontados como transportadores de drogas para morros cariocas

Marcelo Eduardo - Capital News

A PF (Polícia Federal) prendeu nove pessoas (sete em Mato Grosso do Sul, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro) apontadas como membros de quadrilha de tráfico de maconha e cocaína. Eles seriam resposáveis pela compra das drogas no Paraguai e Bolívia e transportavam para Campo Grande, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), segundo apuração policial. Durante a ação, seis veículos (entre carros e caminhonetes) e dois revólveres calibre 38, sem munição, foram apreendidos.

Foram apreendidas mais de quatro toneladas de maconha pertencentes à organização criminosa, deste o início das investigações da operação Litoral, em março deste ano.

Empresas de fachada (transportadoras e revendas de veículos) são usadas como estrutura logística pela quadrilha para o suporte no tráfico de droga para os morros e favelas do Rio de Janeiro, segundo a PF.

Os mandados são de prisão temporária e de busca e apreensão, sendo: seis na Capital; um em Ponta Porã; um em Andradina (SP) e um no Rio de Janeiro. Todos os mandados a serem cumpridos em Mato Grosso do Sul foram em Campo Grande, já que o procurado de Ponta Porã estava na Capital. Os mandados foram expedidos pela Justiça Estadual de Mato Grosso do Sul.

Todos os presos serão conduzidos para sede da PF em Campo Grande, inclusive os que forem de São Paulo e Rio.

De Campo Grande, foram presos Robinson Roberto Ortega, Rudinei Gonçalves Franco, Luciano Saravay Guimarães, Hugo Maxuel Munhoz, Amauri Aparecido da Silva e Willian Santos Salles. De Ponta Porã (mais que estava na Capital), foi preso Francisco Humberto Winckler Benites. Do Rio, Raquel dos Santos Brites. E, de São Paulo, Antônio Navarro da Silva Júnior.

O nome da empresa que suspeita-se de fachada não foi revelado.

Entenda o suposto esquema

Conforme a PF, a divisão das funções dentro do suposto esquema criminoso funcionava assim:

1) Robinson Roberto Ortega

Seria um dos chefes da organização. Teria acesso aos fornecedores, compradores e atuaria na logística e planejamento das atividades criminosas. Este já se encontrava recolhido no presídio de Campo Grande.

2) Francisco Humberto Winckler Benites, o “Chiquinho”

Também seria um dos chefes da organização. Teria acesso aos fornecedores, compradores e atua na logística e planejamento das atividades criminosas. Manteria contato com compradores do Rio de Janeiro, inclusive, indo até lá para negociar e entregar o entorpecente. Residente em Ponta Porã, foi preso quando na Capital.

3) Rudinei Gonçalves Franco, o “Chapado” ou “Baixinho”

Teria contato direto com os chefes da organização, e seria um dos sócios nas partidas de entorpecentes, ou seja, patrocinaria parte do valor da compra da droga, tendo, assim, participação nos lucros. Preso na Capital.

4) Raquel dos Santos Brites

Possuiria função primordial na suposta organização criminosa, já que seria uma espécie de “representante comercial” do bando. Atualmente, mora no Rio de Janeiro, onde manteria laços estreitos com traficantes cariocas, sobretudo os do complexo do Jacaré, no subúrbio do Rio. Foi presa no Rio de Janeiro.

5) Luciano Saravay Guimarães

Auxiliaria na logística das atividades criminosas desenvolvidas pelo suposto bando, ajudando a arranjar veículos, batedores, motoristas, etc. Atuaria como “batedor” nas partidas de entorpecente para outros Estados, indo até o local da entrega da droga. Preso em Campo Grande.

6) Antonio Navarro da Silva Júnior, Vulgo “Juninho”

Seria ligado principalmente a Robinson. Atuaria na providência de caminhões e motoristas para o tráfico. Como possui caminhões que transportam carga lícita, se utiliza destes para dissimular o tráfico. Também atua como “batedor”. Foi preso em Andradina (SP).

7) Hugo Maxuel Munhoz, o “Huguinho”

Cunhado de Robinson, seria “batedor” e ajudaria a realizar as entregas de entorpecente no Rio de Janeiro. Preso em Campo Grande.

8) Willian Santos Salles

Motorista que transportaria a droga das regiões de fronteira para as imediações de Campo Grande. Escondia, segundo a PF, a droga na Capital e, depois, ajudaria a carregar o entorpecente quando da partida para outros Estados. Ajudaria no recebimento de pagamento do entorpecente, buscando veículos dados em pagamento pelo entorpecente vendido pela quadrilha. Preso em Campo Grande.

9) Amauri Aparecido da Silva

Auxiliaria a carregar o entorpecente nos caminhões, bem como na disponibilização de sua oficina como local para esse carregamento da droga. Preso em Campo Grande

(modificado às 10:43 para acréscimo de informações)

Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
 

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