“Ainda tinha esperança de que a coisa pudesse mudar. Agora, só Deus”, disse Maria de Lourdes após o presidente da Indonésia, Joko Widodo, negar pedido de clemência da presidente Dilma Rousseff. “Quero que ele tenha certeza de que eu fiz tudo aquilo que pude e lutei para que não houvesse desfecho tão trágico.”
Ela disse entender que a pena está prevista nas leis do país, mas afirma que o presidente poderia ter expulsado o sobrinho em vez de sentenciá-lo à morte. “O presidente não é Deus para tirar a vida de alguém. O Marco pode ter errado, cumpriu 11 anos preso e não merece pagar com a vida. Ele [Widodo] se acha um Deus.”
Marco Archer foi condenado em 2004, após tentar entrar no país, no ano anterior, com 13,4 kg de cocaína escondidos em tubos de uma asa-delta. Se o fuzilamento por confirmado, será a primeira vez que um brasileiro é executado no exterior. A execução está marcada para as primeiras horas de domingo na Indonésia – pelo fuso de Jacarta, são nove horas adiantadas em relação a Brasília.