O técnico do Comercial, Valter Ferreira, se tornou nesta sexta-feira (19) o primeiro treinador a ser registrado por um clube de Mato Grosso do Sul na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A regularização dos comandantes das equipes passou a ser requisito para todas as divisões do Campeonato Brasileiro a partir deste ano.
Com o registro, o treinador passa a ter os direitos previstos na Lei 8650, de 20/04/1993, que abrangem benefícios como o seguro de vida e previdência social, conforme solicita também a Lei Caio Júnior, que ainda tramita em Brasília. Os clubes não pagam qualquer taxa pelo registro.
“O registro para os treinadores é um passaporte esportivo para esse profissional, que terá todo o seu histórico de trabalho preservado. É uma certeza de que no futuro direitos básicos, como a previdência, seja comprovado. O treinador também terá o benefício do seguro de vida e de acidentes pessoais da CBF, nos mesmos moldes do oferecido aos jogadores” explica Reynaldo Buzzoni, diretor de Registro, Transferência e Licenciamento de Clubes da CBF.
Apesar da exigência, o Sete de Dourados, outro representante do Estado na Série D, não regularizou a situação do técnico Nei César até esta sexta-feira, último dia válido antes da estreia contra o União/MT. No entanto, apesar da exigência, não há qualquer punição prevista no regulamento específico da competição para casos de treinador não registrados, nem sequer a impossibilidade de ficar no banco de reservas durante a partida.
A partir de 2018, a exigência será válida para todas as competições organizadas pela CBF, desta forma, Corumbaense e Novo, que disputarão a Copa do Brasil e Série D, além do Operário, que irá participar novamente da Copa Verde, terão de registrar seus respectivos técnicos para que também tenham direito aos benefícios propostos pela entidade.