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Educação Quarta-feira, 20 de Julho de 2016, 09:08 - A | A

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Reutilização

Projeto em escolas de MS transforma lixo eletrônico em robôs

O projeto foi idealizado por um professor de Ciências da Computação da UEMS e começou a ser aplicado em Dourados

Patrick Alif
Capital News

Assessoria/UEMS

Projeto em escolas de MS transforma lixo eletrônico em robôs

Os materiais utilizados incluem peças velhas de computadores, celulares, baterias e eletrodomésticos

Um professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) teve a ideia de usar o chamado lixo eletrônico, ou seja, peças velhas de computadores, celulares, baterias e eletrodomésticos, para ensinar alunos a construírem robôs.

O trabalho é feito pelo professor Dalton Pedroso de Queiroz, do curso de Ciências da Computação, que leva educação ambiental para escolas e utiliza o Lixo Eletrônico para ensinar robótica. Segundo ele, esse tipo de lixo é bastante nocivo à saúde humana, mas a grande maioria da população em geral não sabe disso.

Nas aulas também é apresentada a Robótica Educacional Livre, uma área que vem sendo desenvolvida no campo da educação, em que se busca levar experimentos de robótica para enriquecer o aprendizado dos alunos. “Estes robôs são feitos a partir do reuso do lixo eletrônico. Dessa forma conseguimos unir educação ambiental, tecnologia e educação”, explicou.

Para o professor, um dos problemas da aplicação da robótica nas escolas públicas é que a sua implantação é bastante cara, bem como sua manutenção. “Com a Robótica Pedagógica Livre, o custo se reduz extremamente, pois os kits para montagem dos robôs e os sistemas computacionais necessários são todos reaproveitados de equipamentos eletroeletrônicos que foram descartados e geralmente são doados. Dessa forma é possível levar uma tecnologia de ponta (robótica) na escola pública, com a mesma qualidade dos kits de Robótica vendidos no mercado (Lego, Modelix, etc)”, afirmou.

Este projeto foi realizado pela primeira vez em Dourados na Escola Estadual Antônia da Silveira Capilé. Neste ano está sendo executado em uma escola de Dourados e outra em Fátima do Sul.

O aluno do 3° ano do Ensino Médio, William Matheus Michel Braucks, que participou da primeira edição do projeto, disse que obteve uma nova perspectiva a respeito das colaborações entre diferentes ciências. “Ter ido à busca de diversas informações a respeito, principalmente, de física, mas, claro, também das questões ambientais foi bastante interessante para mim. Desenvolvi diversas noções dentro de física, assimilei novos conceitos e por aí vai”, relatou.

Ao desmontar as máquinas, os alunos foram descobrindo as peças que poderiam ser reutilizadas para o curso de robótica. Com isso foi possível montar um kit mecânico usando porcas, parafusos, molas e apoios metálicos reaproveitados do lixo eletrônico.

Segundo o docente, os alunos foram incentivados a pesquisar na internet robôs simples e tentarem reproduzi-los usando o kit. “As partes perfuradas de plástico são excelentes para as conexões mecânicas e estruturais, pois os furos são usados para fixação de parafusos, unindo uma parte na outra de maneira fácil e prática. Também as tampas de gabinetes podem ser usadas como estruturas reforçadas através do corte emoldurado”, disse.

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