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Educação Sexta-feira, 29 de Maio de 2015, 18:13 - A | A

Sexta-feira, 29 de Maio de 2015, 18h:13 - A | A

Greve dos Professores

Professores da rede municipal continuam em greve

Segundo dados do Sindicato, 68% das escolas já aderiram à paralisação

Natani Ferreira
Capital News

Natani Ferreira/ Capital News

Assembleia ACP

Segundo o presidente da ACP, professores buscam o teto salarial

Os professores da rede municipal de ensino se reuniram em assembleia na tarde desta sexta-feira (29) com objetivo de traçar as próximas atividades da greve. A categoria luta pelo reajuste de 13,01%, valor que equipara o piso municipal ao piso salarial nacional corrigido pelo Ministério da Educação (MEC) em 2015.


Os professores deliberaram sobre a pauta de atividades para a semana que vem de segunda (01) a quarta-feira (03), tendo em vista o feriado de Corpus Christi, comemorado na quinta-feira.


Após uma votação entre os presentes foi decidido que na segunda-feira, no período da manhã, serão feita visitas a escolas municipais e panfletagem em um terminal da cidade. Também na segunda acontece a reunião de uma comissão na Secretaria Municipal de Educação (Semed), com a presença de vereadores, representantes dos professores e de outras categorias. À tarde, será realizada uma assembleia na sede da ACP, a partir das 16h30.


Na terça-feira (02), de manhã e à tarde, os professores se concentrarão na Câmara. Primeiro, em um ato em conjunto com a FETEMS, depois para a oitiva do secretário municipal de Educação, interino da pasta, Wilson Prado, na CPI das Contas Públicas.


Na quarta-feira (03), pela manhã, será realizado um ato em frente à Prefeitura Municipal de Campo Grande, e, pela tarde, os professores participam de uma doação de sangue na Santa Casa.

 

Natani Ferreira/ Capital News

Assembleia na ACP

Assembleia definiu ações para a próxima semana

A prefeitura divulgou uma nota em seu site oficial em que afirma que em Campo Grande são pagos os melhores salários dentre todos os municípios de Mato Grosso do Sul. “Os professores recebem R$ 3394,74 para 40 horas semanais. Esse montante, que coloca Campo Grande destacada no topo do ranking, é 43,5% maior do que o piso nacional da categoria, estabelecido por lei e reajustado este ano para R$ 1917,78”, diz um trecho do comunicado.


Segundo o presidente da ACP, Geraldo Gonçalves, os trabalhadores não medem o tamanho do salário, só discutem o cumprimento de uma lei que integraliza o piso.


“O piso hoje é R$1.679,00, a partir de 1º de janeiro, R$1.917 e falta 13,01%, só isso que nós estamos cobrando. O salário mínimo vai para R$804,00 a partir de janeiro. O patrão vai perguntar, vou pagar o salário mínimo? Não. Só isso que nós estamos cobrando”, explicou.


O presidente ainda desmente a fala do prefeito de que o piso de 40 horas está sendo pago para 20 horas. “A lei diz que o piso é para jornada de no máximo 40h. Então ele pode ser para 20, 25, 30, 35 ou 40. A jornada semanal dos estatutos da Reme ou estado prevê jornada de 20 horas, portanto, o piso deve ser atribuído para uma jornada de 20 horas.


Segundo dados da ACP, 68% das escolas da rede municipal de ensino já adeririam à paralisação. Até segunda-feira mais 2 escolas somarão a esse número.


A escola Padre José de Anchieta, que voltaria às aulas a partir de segunda, apoiou a paralisação e continua em greve. “ Na quarta-feira nós teremos uma reunião para decidir se vamos continuar com a greve”, contou a professora de Geografia, Estela Mara Toledo. Grande parte do corpo docente da escola é de convocados, o que gera insegurança aos mesmos.


Neste sábado (30), a partir das 9h, professores da rede estadual, municipal, e funcionários estaduais que fazem parte do Fórum dos Servidores participam de uma ação na Praça do Rádio.

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