Entidades do movimento negro e movimentos sociais realizam manifestações, neste sábado (20) na Praça Ary Coelho, em Campo Grande para levantar a bandeira antirracista, para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
“A classe trabalhadora brasileira é negra e, por isso, o movimento sindical irá às ruas em todo o Brasil junto com a população negra e com todas as pessoas comprometidas com a defesa da igualdade racial, da vida, da democracia, contra o desemprego, a carestia e a fome”, diz nota assinada pelos presidentes da CUT entre eles Vilson Gimenes Gregório da CUT-MS.
As 10 maiores centrais sindicais brasileiras marcam presença nas manifestações, segundo a assessoria. A mobilização dará continuidade à série de atos contra Bolsonaro que vêm sendo realizados desde maio de 2021 e encerrará o ciclo de protestos pelo impeachment do presidente neste ano.
Dia 20 de novembro é a ocasião da morte de Zumbi dos Palmares. Além de Campo Grande, as manifestações vão ser realizadas em todo o país e também no exterior.
“Esse é um grito da população negra, mas não só da população negra, mas também da população quilombola [...] É um meio da gente dizer como está o desgoverno, porque se a população negra urbana já está ruim nós da população quilombola está pior. Nós não temos meios de nos auto sustentar, não temos política para nós, não temos o nosso local protegido, temos desmatamento, não temos nada para nós. O único meio que nós temos é de reclamar no meio internacional”, relatou a representante da comunidade quilombola, Adriane da Silva Soares.
Segundo outra integrante do protesto Márcia Corrêa, esse movimento é para buscar o melhor para todos, pricipalmente o negro. “a gente está buscando algo para melhorar para todos, principalmente para o negro nesta sociedade. Então se gritarmos com mais força com certeza a nossa será ouvida, mas infelizmente não é o que estou vendo aqui. É uma pena que o racismo estrutural esteja tão dentro da gente, que a gente não consegue nem protestar por algo para nós mesmos. Nós ainda estamos acorrentados, por aquilo que nós nos ensinaram e nos fizeram esquecer a nossa história", relata
Para Jacira que veio da cidade de Bonito para participar da manifestação, essa “união das pessoas desse movimento, nós chamamos a atenção dos politicos para as mudanças que precisa ser urgente em favor dos pobres e dos negros”, finalizou.