Afastada definitivamente do cargo com a aprovação do impeachment pelo Senado hoje, a agora ex-presidente da República Dilma Rousseff terá direito a oito servidores de sua livre escolha: quatro para segurança e apoio pessoal, dois para assessoria e dois motoristas, que serão nomeados em cargos comissionados vinculados à Casa Civil, além de dois carros oficiais. É o que prevê o Decreto 6.381/2008. A remuneração desses servidores, também prevista no decreto, será a seguinte: dois em cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) nível 5 (R$ 11.235,00 mensais); dois de nível 4 (R$ 8.554,70); dois de nível 2 (R$ 2.837,53); e dois de nível 1 (R$ 2.227,85). Dilma, que está no Palácio da Alvorada, terá direito a retornar a Porto Alegre (RS), onde tem residência fixa, em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e a União deverá custear as despesas da mudança. (Com G1)
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Dilma acusa senadores que aprovaram impeachment de "rasgar a Constituição"
"Hoje, o Senado Federal tomou uma decisão que entra para a história das grandes injustiças. Os senadores que votaram pelo impeachment escolheram rasgar a Constituição Federal, decidiram pela interrupção do mandato de uma presidente que não cometeu crime. Condenaram uma inocente e consumaram um golpe parlamentar", afirmou a ex-presidente Dilma Rousseff em seu primeiro discurso após ser cassada nesta tarde pelo Senado.
Ao lado de senadores do PT e de um grupo de aliados que tiveram a entrada liberada no Palácio da Alvorada, Dilma disse ainda que a decisão do Senado foi o "segundo golpe de estado" que enfrentou em sua vida. "É o segundo golpe de estado que enfrento na vida. O primeiro, o golpe militar apoiado na truculência das armas da repressão e tortura que me atingiu quando era jovem. O segundo, o golpe parlamentar desfechado hoje por meio de uma farsa jurídica, me derruba do cargo para o qual fui eleita pelo povo", disparou.
Dilma comparou a decisão do Senado a uma "eleição indireta" que substituiu as eleições que a elegeram em 2014 e afirmou que irá "recorrer em todas as instâncias possíveis" contra o impeachment.
Veja aqui o discurso em vídeo postado na página oficial de Dilma no Facebook.
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Renan dizer ser contra "coice, além da queda" e Senado mantém direitos políticos de Dilma
Logo após 61 dos 81 senadores cassarem seu mandato, a agora ex-presidente Dilma Rousseff obteve uma espécie de "vitória de consolação" no Senado. Em votação separada, em que o presidente da Casa, o alagoano Renan Calheiros (PMDB), fez questão em se declarar contra a inabilitação da petista para funções públicas frisando ser contrário a um ditado nordestino que diz "além da queda, o coice", não houve apoio de pelo menos de dois terços dos senadores para cassar os direitos políticos de Dilma, ao contrário do que aconteceu com Fernando Collor, primeiro presidente eleito após o regime militar cassado pelo Congresso. O placar de hoje foi 42 votos sim, 36 não e três abstenções e manteve a petista habilitada a exercer cargos públicos.
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Senado cassa mandato de Dilma Rousseff
Nove meses depois de o processo iniciado no início de dezembro de 2015, por votos 61 votos a favor e 20 contra dos 81 senadores a petista Dilma Rousseff, primeira mulher eleita presidente da República do Brasil, foi afastada definitivamente do cargo. Dilma será comunicada oficialmente no Palácio da Alvorada onde aguarda o resultado. Depois, o peemedebista Michel Temer será empossado como titular da Presidência da República e à noite deve fazer pronunciamento em rede nacional de rádio e TV para depois embarcar para sua primeira viagem oficial pós impeachment rumo à China.
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