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Rural Quinta-feira, 06 de Abril de 2017, 18:45 - A | A

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Expogrande 2017

Ovinocultura brasileira tem espaço para crescer, assegura especialista

Mato Grosso do sul é o 9º produtor do país

Alline Gois
Capital News

Alline Gois

MS é o 9° maior produtor de ovinos no Brasil

O rebanho em Mato Grosso do Sul é de 497 mil cabeças de animais

Por quatro  anos  consecutivos, o mercado de vendas   de ovinos está aquecido, estimulando os produtores da área e Mato Grosso do Sul, que é o 9° maior produtor  no país, segundo IBGE (Instituto  Brasileiro de Geografia e Estatística).

No entanto, alguns entraves no setor produtivo fazem com que o segmento do agronegócio cresça lentamente.  Entre os fatores estão à migração da ovinocultura para pequenos e médios produtores rurais e a queda no número do rebanho no Estado de Rio Grande do Sul e seu crescimento no Nordeste e Semiárido, aliados à desorganização do setor produtivo e à falta de maior participação das agroindústrias ligadas ao setor.

De acordo com os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o rebanho nacional de ovinos gira em torno de 18,2 milhões de cabeças. Para o assessor técnico da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Edegar Franco, a “ovinocultura está distribuída em todo território nacional, com uma grande diversidade de raças, portanto, tem grande potencial de crescimento”, explica.

Segundo o assessor técnico da Arco, considerando a diversidade de raças de ovinos, esses animais podem ser criados nos mais diversos biomas e regiões do Brasil. “Deve-se salientar a capacidade de adaptação desses animais. Por exemplo, atualmente o maior rebanho nacional está concentrada no Nordeste”.

O consumo de carne
De acordo com Franco, atualmente não se pode comparar o mercado de carne ovina com o da bovina, pois a escala de oferta é infinitamente melhor. “No entanto, estamos falando de um produto de alta qualidade, que é a carne de cordeiro, que vem de animais com, no máximo, 12 meses de idade”, esclarece.

O consumo de carne ovina no Brasil varia entre 400 e 700 gramas per capta, com alguma variação devido ao elevado índice de abate informal, fruto da desorganização da cadeia produtiva, e que é visto como um problema até de saúde pública, segundo Franco.

Para a popularização da carne ovina, na opinião do assessor técnico da Arco,  a carne deverá “passar por um aumento de rebanho, pois os preços atuais, impostos ao consumidor final, são bem altos, embora isso não recaia nos ombros do produtor rural, que continua com o maior trabalho e risco, e uma remuneração apenas aceitável”.

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