Pequenos produtores familiares de Mato Grosso do Sul estão investindo em um tecido produzido a partir da matéria prima orgânica que garante economia de água, energia e preservação do meio ambiente durante sua confecção. Além disso, a planta pode ser cultivada em pequenas áreas.
Com um comércio sustentável, o agricultor Vitor Carlos Neves afirma que o lucro para o pequeno produtor é interessante, o que tem atraído homens e mulheres do campo de outras duas cidades do Estado, Corumbá e São Gabriel do Oeste. “O algodão colorido é vantajoso para o agricultor familiar, porque ele vale 100% a mais do que o convencional. Hoje, a pluma do algodão branco sai por R$ 4,60 o quilo, enquanto o algodão colorido é negociado a R$ 10,00”.
Para o cultivo, o produtor iniciante é instruído e começar com meio hectare para depois aumentar a área apara dois hectares. Em todo o País, a Justa Trama conta com cerca de 700 associados, em sete estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Ceará e Rondônia. “Os botões são feitos de sementes de Rondônia. A ideia é não usar os tradicionais botões industrializados”, detalha o agricultor.
O objetivo é expandir a rede de cotonicultores orgânicos pelo Estado. O projeto conta com o apoio da Emprapa Agropecuária Oeste, Embrapa Algodão da Paraíba entre outras instituições.
Produção
O algodão está sendo desenvolvido em cinco cores: marrom claro e escuro, vermelho claro e escuro
e vede. Esse tipo de produção é mais vantajoso que a o cultivo do algodão branco pois as fibras já nascem naturalmente coloridas. Com isso, uma peça de roupa feita com o produto utiliza em média, apenas 10% da água gasta em uma confecção tradicional.
Algumas das peças de roupas podem ser encontradas na 79ª edição da Expogrande, onde a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensãp Rural (Agraer) está com um espaço de divulgação e comercialização de produtos oriundos de assentamentos e sítios tradicionais.