A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (5) que um engenheiro civil de 53, será indiciado pela morte do operador de pintura, Leandro Carvalho, 34, morto no dia 5 de dezembro de 2013 enquanto trabalhava na pintura da BR 163, trecho de Campo Grande. Conforme investigações policiais, a vítima manuseava um cilindro de tinta pressurizado, quando a tampa escapou e por conta da pressão acabou atingindo a cabeça de Leandro.
“Exames periciais e depoimentos testemunhais confirmaram que o trabalhador não utilizava equipamentos de proteção individual na hora do acidente, e ainda, que o equipamento não tinha condições de segurança para operação”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Tiago Macedo dos Santos.
O delegado informou à assessoria de imprensa da Polícia Civil, que ficou comprovado que o equipamento utilizado foi fabricado de forma artesanal, em desacordo com as normas regulamentadoras aplicáveis à espécie, especialmente aquelas expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
“Além do mais, a fabricação artesanal não foi precedida de projeto ou assistência por engenheiro mecânico, de modo que ficou caracterizada a negligência do responsável pelo maquinário e o proprietário da empresa executora dos serviços, que é engenheiro civil”, diz.
As investigações comprovam ainda que a obra de pintura asfáltica do macroanel era executada por uma empresa terceirizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e estava irregular perante o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Mato Grosso do Sul (Crea/MS).
O engenheiro civil e empreiteiro da obra foi indiciado pela prática de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Caso o homem seja condenado ele poderá ter punido com um a três anos de prisão.
