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Economia

Economia brasileira cresce 0,1% no terceiro trimestre, estima FGV

Em 12 meses, avanço é de 2,5%, aponta Monitor do PIB

Agência Brasil
Bruno de Freitas Moura

A economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em comparação com o segundo trimestre e acumula avanço de 2,5% no período de 12 meses. Especificamente na passagem de agosto para setembro, o comportamento foi estável, ou seja, variação nula.

Os dados fazem parte do Monitor do PIB, estudo mensal elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgado nesta terça-feira (18).

A pesquisa faz estimativas sobre o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), indicador do conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país.

A informação entre trimestres e meses seguidos é dessazonalizada, isto é, foram excluídas variações sazonais, de forma que seja possível comparar períodos diferentes.

Em termos monetários, a FGV estima o PIB brasileiro no acumulado até o terceiro trimestre em R$ 9,370 trilhões.

Fatores

De acordo com a economista Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, o setor de serviços e o consumo das famílias, maiores componentes do PIB, ficaram estagnados, “e os outros componentes pouco contribuíram para um desempenho mais forte da economia”.

Ao analisar os dados interanuais – que apresentam menos volatilidade que os períodos imediatamente seguidos – a FGV constata que o consumo das famílias, que vinha crescendo anualmente praticamente acima de 3% desde 2021, apresentou visível desaceleração ao longo de 2025, registrando apenas 0,2% de expansão no terceiro trimestre, comparado ao mesmo período de 2024.

“Apesar do resultado levemente positivo, o consumo de bens apresentou desempenho negativo, tanto em duráveis, como em não duráveis. O consumo de serviços, apesar de positivo, desacelerou significativamente no último trimestre”, frisa o estudo.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que mede a capacidade produtiva da economia, recuou 0,4% na comparação entre os terceiros trimestres de 2024 e 2025, muito impactado pelo comportamento fraco do setor de máquinas e equipamentos. É a primeira queda desde o trimestre móvel terminado em janeiro de 2023.

Juro alto

Coordenadora do Núcleo de Contas Nacionais do Ibre, Juliana Trece aponta que a política monetária – nível dos juros - é a explicação para a desaceleração do consumo e recuo da capacidade de investimento.

“Os juros elevados, com certeza, têm uma contribuição importante para esse resultado”, disse à Agência Brasil.

Esse efeito dos juros é justamente o objetivo do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que mantém a taxa básica em 15% ao ano, o maior patamar desde julho de 2006 (15,25%). A escalada da Selic se iniciou em setembro do ano passado.

A política de juro alto é uma tentativa de frear a inflação, que está há 13 meses acima do limite máximo da meta do governo, que vai até 4,5% ao ano.

“Por mais que agora já esteja acomodado no patamar bastante elevado, de 15%, a gente sabe que tem um efeito defasado na atividade econômica, e esse efeito está chegando mais evidentemente agora nesse resultado do terceiro trimestre”, aponta.

Tarifaço

Já as exportações cresceram 7%, no mesmo intervalo de comparação interanual. É a maior alta desde o trimestre móvel encerrado em maio de 2024. Houve crescimento em todos os grupos de produtos exportados, com destaque para os da indústria extrativa, que contribuíram com cerca de 44% para o crescimento total das exportações.

Juliana Trece chama atenção para o fato de as exportações terem crescido no terceiro trimestre, mesmo sob a imposição do tarifaço americano, que cobra taxa de até 50% sobre parte dos produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos.

Para a economista, a política protecionista americana não teve impacto generalizado.

"Claro que alguns segmentos podem ter sofrido mais, por exemplo, o madeireiro, que tem muito essa questão de ser direcionado para os Estados Unidos, mas não apareceu no resultado como um todo, então não teve esse impacto tão global nas exportações".

Resultado oficial

O Monitor do PIB é um dos estudos que servem como termômetro da economia brasileira.

Outro levantamento é o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-BR), divulgado na segunda-feira (17), que indicou recuos de 0,2% na passagem de agosto para setembro e de 0,9% no terceiro trimestre em comparação com o segundo trimestre. No acumulado de 12 meses, houve expansão de 3%.

O resultado oficial do PIB é apresentado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A próxima divulgação será referente ao terceiro trimestre de 2025, em 4 de dezembro.

Disponível em: agenciabrasil.ebc.com.br


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