Flavio Briatore pode até não estar pensando em voltar imediatamente à F1 após receber um veredito favorável do Tribunal de Grande Instância de Paris, revogando o banimento por tempo indeterminado dado pela FIA devido à sua participação no escândalo do GP de Cingapura de 2008. Porém, o italiano já planeja o futuro — e uma das suas primeiras atitudes deve ser entrar na Justiça com um processo contra Nelson e Nelsinho Piquet. A confirmação foi dada em uma entrevista ao jornal "La Gazzetta dello Sport" desta quarta-feira (6).
Perguntado pelo diário se ia fazer algo contra os Piquet, o ex-chefe de equipe da Renault não titubeou. "É muito provável. O mal que eles me fizeram não vai ser esquecido em apenas um dia", disse Briatore, antes de voltar a culpar o ex-presidente da FIA Max Mosley pela pena sofrida junto ao Conselho Mundial, que o proibiu de ter qualquer vinculação com o automobilismo. "Foi um caso de vinagança dele, que sempre lidou com tudo como se fosse seu."
"Ele havia me garantido que todos tinham compreendido que eu não tinha nada a ver com a história. Mas aí veio o veredito. Foi algo inacreditável após 18 anos de F1", afirmou o italiano, referindo-se ao resultado do julgamento do Conselho, que o considerou o principal culpado pelo escândalo na prova vencida por Fernando Alonso após ao acidente sofrido por Nelsinho, provocado a pedido de Briatore e Pat Symonds para ajudar o espanhol a ter um bom resultado.
E Flavio lembrou também de problemas em que se envolveu no passado com a FIA para criticar Mosley. "Primeiro, ele tentou me fazer perder títulos, com Schumi (Michael Schumacher) e depois com Alonso, para então me destruir com esta história", disparou, para então ressaltar que espera ter uma boa relação com o novo presidente Jean Todt. "Conheço ele há anos e posso apostar na sua honestidade. Isso tudo é um assunto entre eu e Mosley."
Mas Briatore ainda disse mais: após afirmar que, "se fosse a FIA, não apelaria do resultado após o veredito", ele declarou que pode entrar com processos contra os pilotos que romperam contratos para procurar outros empresários após o veredito inicial — Lucas Di Grassi e Heikki Kovalainen tomaram esta atitude. "Com exceção dos dois, minha relação com os demais não mudou. E agora vou analisar com meus advogados se devemos entrar com ações legais contra qualquer pessoa que tenha rompido contrato conosco", concluiu.(Fonte: Warmup)
