Holly Lee de Souza, 24 anos, um dos acusados pela morte do garoto de Luiz Eduardo Martins Gonçalves, o Dudu, não foi considerado incapaz pela Justiça. A defesa do réu havia entrado com recurso alegando que Holly seria esquizofrênico e portanto, inimputável. O pedido foi negado e o réu será levado a júri popular.
A 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) rejeitam o argumento de insanidade mental com base no artigo 415 do Código de Processo Penal, em que consta que não cabe absolvição se houver outra tese de defesa. Em audiência na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Souza negou participação no crime, o que atesta ser a tese da negativa de autoria.
Holly foi preso em abril de 2009 junto com José Aparecido Bispo da Silva, o Cido, padrasto de Dudu e principal autor do crime. Ele foi julgado no fim do mês de março e condenado a 26 anos de prisão. Culpado por homicídio doloso, o crime teve agravantes por ocultação de cadáver e condições adversas de defesa.
Dudu foi assassinado no dia 22 de dezembro de 2007. O garoto, na época com 10 anos de idade, foi espancado e enterrado em um terreno no bairro Jardim das Hortências, em Campo Grande. Segundo as alegações do Ministério Público Estadual (MPE), Cido arquitetou a morte do menino por vingança contra a mãe do garoto. Além de Holly, outros três adolescentes ajudaram na morte de Dudu.
A data para o júri de Holly ainda não foi marcada.
