A palavra de acusação do julgamento de José Parecido Bispo - Cido, pelo crime do assassinato do menino Dudu, foi finalizada após emoção do júri e declarações exaltadas do promotor Douglas Oldergado. Antes de iniciar a argumentação, o promotor apontou para os pais da criança e prometeu que iria trazer a solução para o caso ainda hoje (31). Ele falou durante uma hora e 15 minutos. Durante seu discurso, pessoas que assistiam o julgamento se emocionaram junto da família de Dudu, que chegou no meio da argumentação do promotor.
A avó Adriana de Mendonça Pedra chegou acompanhada da filha e da nora. “Eu faço das minhas as palavras do promotor: ‘Esse menino clama por justiça e paz, que esse monstro seja punido’”, afirmou a avó do garoto.
O promotor Douglas contou detalhadamente o crime supostamente cometido por Cido, Holly Lee e mais três adolescentes. Tendo como base o relato de testemunhas, Douglas falou do envolvimento de Cido com umbanda, de sua fama de “pai de santo” e ainda, da maneira como esquartejou Dudu ao fazer um ritual de magia negra. O promotor levou ao júri as ferramentas que servem como provas do crime: machado, pás e inchada. Mostrando os detalhes do crime, o promotor emocionou e provocou lágrimas no júri.
Douglas afirmou que seria “desumano, nefasto e anti-cristão” considerar que os ossos apresentados ao conselho de sentença seriam de “um cachorro” e não de Dudu. Ele frisou que os restos do garoto estão dispostos em 700 fragmentos, e lembrou que uma testemunha afirmou que chegou a ver o menino encharcado de sangue.
A avó de Dudu está otimista com o julgamento: “Com certeza o José Aparecido vai ser condenado. É um alívio ver uma pessoa responsável por um crime desses ser julgada. Isso serve como um exemplo para a Justiça brasileira”.
Por: Ana Maria Assis e Jefferson Gonçalves – www.capitalnews.com.br
