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Política Sexta-feira, 29 de Abril de 2011, 08:37 - A | A

Sexta-feira, 29 de Abril de 2011, 08h:37 - A | A

Operação do Gaeco prende políticos em Dourados e Campo Grande

Eduardo Penedo (capitalnews)

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (29) uma operação para desarticular um esquema de empréstimo consignado para funcionários fantasmas comandadas por políticos de Dourados e Campo Grande. O Gaeco cumpre quatro mandados de prisão e oito mandados de busca e apreensão. Existem informações de que serão cumpridos mandados em Campo Grande.

Na ação do Gaeco, já foram presos os ex-vereadores de Dourados Sidlei Alves e Humberto Teixeira Júnior, além do diretor financeiro da Câmara Municipal da cidade, Amilton Salina, e do ex-assessor parlamentar Rodrigo Terra.

Os envolvidos estão sendo denunciados pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e crime organizado. Desvios de recursos da União também estão sendo investigados.

A polícia já foi à Câmara de Dourados  e está há mais de duas horas na residência de Humberto Teixeira Júnior.

Entenda o caso

Segundo a denúncia, pessoas eram nomeadas pelo vereador Sidlei Alves, então presidente da Câmara, como servidores públicos no legislativo douradense. O objetivo era que elas realizassem contratos de empréstimo consignado, cujo dinheiro iria para a organização criminosa, supostamente chefiada por Humberto Teixeira Júnior, segundo a denúncia entregue à Justiça.

Apesar do esquema ser supostamente antigo, o Gaeco teria reunido provas entre janeiro de 2009 e setembro de 2010, com o apoio de servidores que denunciaram o esquema. Neste período, ao menos seis empréstimos ilegais foram comprovados, com prejuízo à Câmara de Vereadores de aproximadamente R$ 160 mil a princípio.

As investigações no Ministério Público Estadual começaram após a denúncia de um ex-funcionário da Câmara, que servia o vereador Júnior Teixeira. Ele fez a gravação de um dos seus diálogos com o vereador pouco antes das eleições para presidente, senadores e deputados. Na gravação Júnior Teixeira confessa que se beneficiou do consignado e que o funcionário só foi admitido pela Câmara, exclusivamente, para ele obter o consignado. Uma gravação deste diálogo foi feita pelo ex-funcionário de Junior Teixeira.
 

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