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Marco Eusébio Quarta-feira, 15 de Julho de 2020, 07:29 - A | A

Quarta-feira, 15 de Julho de 2020, 07h:29 - A | A

Coluna Entrelinhas da Notícia

Gilmar diz que respeita Forças Armadas, mas pede “interpretação cautelosa”

Por Marco Eusébio

Da coluna Entrelinhas da Notícia
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Nelson Jr/STF

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Gilmar reforça que refuta recrutamento de militares para combate contra Covid que não se mostra eficaz

Um dia depois de os comandantes das Forças Armadas e o Ministério da Defesa divulgarem nota conjunta repudiando sua acusação ao Exército de se associar a um "genocídio" durante a pandemia de Covid-19 no Brasil (veja aqui), Gilmar Mendes disse ontem em nota que respeita as Forças Armadas, mas conclama "uma interpretação cautelosa do momento atual". O ministro do Supremo que, em live no sábado, criticou o fato de o Ministério da Saúde estar sem ministro titular há dois meses, em plena pandemia, liderado por um grupo de militares comandado pelo ministro interino, general Eduardo Pazuello, declarou hoje que não atingiu a honra do Exército. "Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros", afirma.

Leia a íntegra da nota de Gilmar Mendes:

"Ao tempo em que reafirmo o respeito às Forças Armadas brasileiras, conclamo que se faça uma interpretação cautelosa do momento atual. Vivemos um ponto de inflexão na nossa história  republicana em que, além do espírito de solidariedade, devemos nos cercar de um juízo crítico sobre o papel atribuído às instituições de Estado no enfrentamento da maior crise sanitária e social do nosso tempo.

Em manifestação recente, destaquei que as Forças Armadas estão, ainda que involuntariamente, sendo chamadas a cumprir missão avessa ao seu importante papel enquanto instituição permanente de Estado.

Nenhum analista atento da situação atual do Brasil teria como deixar de se preocupar com o rumo das nossas políticas públicas de saúde. Estamos vivendo uma crise aguda no número de mortes pela covid-19, que já somam mais de 72 mil. Em um contexto como esse, a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas.

Reforço, mais uma vez, que não atingi a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Aliás, as duas últimas nem sequer foram por mim mencionadas. Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros."

 

 

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Nascido em Santo André (SP) e radicado em Campo Grande (MS) desde a adolescência, Marco Eusébio é um dos mais experientes jornalistas de Mato Grosso do Sul. Com um estilo refinado e marcante de escrever, ficou conhecido como autor de uma das mais lidas colunas divulgadas em sites de notícias do estado. Agora em formato “in blog” amplia a comunicação com seus leitores através deste Portal www.marcoeusebio.com.br ativado no dia 29/2/2009.

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