Antes da reunião de Lula e Donald Trump no domingo anterior (26) na Malásia, havia uma apreensão no governo brasileiro sobre possíveis desconfortos diante da personalidade imprevisível do presidente dos Estados Unidos e das diferenças entre eles, um formado na luta sindical e um magnata do ramo imobiliário. Mas segundo integrantes do Planalto revelaram a jornais como o Estadão e O Globo, o encontro saiu melhor que o esperado: o presidente americano foi respeitoso com o brasileiro e demonstrou desejo de chegar a um acordo. A conversa foi "descontraída" e "até alegre", conforme o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores). Trump aparentou ter estudado um pouco sobre a história de Lula e demonstrou interesse em sua trajetória, querendo saber quantos anos tinha ficado preso, após ter sido duas vezes presidente, disse que o brasileiro foi "perseguido", e demonstrou admiração por ter dado a volta por cima e sido eleito mais uma vez presidente do Brasil.
Depois do encontro, Trump declarou à imprensa: "É uma grande honra estar com o presidente do Brasil — um grande país. É um país grande e lindo". "Acho que conseguiremos fechar alguns bons acordos, como temos conversado, e acho que acabaremos tendo um ótimo relacionamento", ressaltou o presidente americano. Sobre a negociação já iniciada para extinguir a sobretaxa de 40% aos produtos brasileiros pelos EUA, que já eram taxados em 10%, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou como positivo o encontro entre os presidentes e avalia que o diálogo representa um avanço concreto nas negociações bilaterais e reforça o compromisso de ambos os governos com a construção de soluções para o comércio entre os dois países.
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