Inquérito sobre queda de helicóptero que ocasionou 4 mortes deve sair em 30 dias

Marcelo Eduardo e Jefferson Gonçalves - Capital News

O Comando Militar do Oeste (CMO) terá 30 dias para investigar e apresentar as causas da queda do helicóptero modelo Fennec que caiu na noite desta quarta (10), na Fazenda São Paulino, região da Nhecolândia, no município de Corumbá (distante 417 quilômetros a noroeste da Capital). Quatro militares morreram: capitão André Luiz Almeida dos Santos (piloto), capitão Vinícius Viglioni Salgado (co-piloto), sargento Renan Moreira Orriso (tripulante) e cabo Rodrigo da Silva Corrêa (tripulante).

De acordo com o CMO, a aeronave fazia um exercício noturno da “Operação Caburé”, onde os militares participavam de um processo de instrução para pilotos e tripulantes. Segundo o comandante do CMO, general de Exército Renato Joaquim Ferrarezi, o helicóptero caiu e explodiu próximo à rea de cabeceira de pouso, há aproximadamente três quilômetros de distância do ponto de pouso.

O major Felipe Rezende, que participava da operação próximo ao local do acidente, falou sobre o momento da queda. “Não houve nenhum contato via rádio, a aeronave estava voando normalmente, quando foi ouvido um forte barulho. Foi algo realmente horrível”, afirma.

Na manhã de hoje (11), durante coletiva de imprensa, o general informou que o Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado e agora o comando aguardará as conclusões, para determinar as causas da queda da aeronave. “Todos os militares envolvidos na operação tinham alto nível de instrução, mas somente a conclusão do inquérito irá apontar a verdadeira causa do acidente. Não podemos especular se houve falha humana ou mecânica” disse o general. Questionado sobre a manutenção regular das aeronaves, o comandante informou que o helicóptero havia passado por manutenções regularmente, obedecendo ao padrão de uso (horas de voo).

Possibilidade de ataque

Sobre a hipótese de que a aeronave possa ter sido abatida, já que a área da queda é próxima a regiões de fronteira, o general achou pouco provável que o acidente pudesse ter sido causado por algum tipo de ataque. “Acho pouco provável que essa seja uma das causas. Mas o inquérito investigará tal possibilidade. O setor em que houve o acidente, pertence à uma área particular designada para esse tipo de treinamento, não acredito que a causa possa ser um ataque."

A aeronave envolvida no acidente fazia parte de uma frota de cinco helicópteros e participava dos treinamentos desde segunda-feira (8).

O CMO decretou luto oficial por dois dias. As causas do acidente estão sendo investigadas pela Comissão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.(matéria alterada às 12h20 para acréscimo de informações)

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