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Política Sexta-feira, 17 de Julho de 2009, 10:14 - A | A

Sexta-feira, 17 de Julho de 2009, 10h:14 - A | A

Artuzi se esquiva ao ser indagado sobre Owari

Marcelo Eduardo - Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O prefeito de Dourados Ari Artuzi continua se esquivando das perguntas com relação à operação Owari deflagrada pela PF (Polícia Federal) na região e que resultou na prisão de pessoas de sua confiança. Trata-se de um suposto esquema de fraude em licitações na área de Saúde.

Segundo texto publicado no site da TV Morena, conforme entrevista à rádio Grande FM, de Dourados, Artuzi teria dito ontem ao programa Espaço Aberto, que ele faria a cidade crescer “mesmo contra a vontade de políticos de fora do município”.

Porém, o prefeito nega que tenha feito menção a um possível complô contra sua gestão. À reportagem do Capital News, o chefe do Executivo da segunda maior cidade do Mato Grosso do Sul disse que “Campo Grande sempre mandou na política em Dourados e eu estou liderando pela primeira vez”. Indagado se ele acredita que isto então incomoda outras pessoas, inclusive políticos, Artuzi foi lacônico: “Não sei.”

Toda vez que perguntado sobre a operação Owari e suas consequências, o prefeito se esquivava, algumas vezes permanecendo alguns segundos em silêncio ao telefone.

Entenda o caso

No dia 7 de julho, a PF (Polícia Federal) deflagrou a Operação Owari, que visa desmantelar a suposta quadrilha que atuava em esquema de fraude em licitações públicas na área de saúde. As atividades policiais foram praticadas em Dourados, Naviraí, Ponta Porã, Campo Grande, Guaíra (PR) e Umuarama (PR). Foram presas 41 pessoas, destas, 38 foram colocadas em liberdade no dia seguinte. Permanecem presos quatro membros da família Uemura, dona de um hospital e funerárias em Dourados (cidade dos sul do Estado, distante 228 quilômetros da Capital).
Dentre os diversos detidos estavam políticos, servidores públicos e empresários. Mais tarde, a PF divulgou que aproximadamente R$ 500 mil e alguns veículos foram apreendidos na casa da família Uemura, que seria, segundo a PF, líder do suposto esquema.

No final da semana passada, Artuzi exonerou nove de seus homens de confiança. O procurador de Justiça município, Alziro Moreno, assumiu, ainda interinamente, a Secretaria Municipal de Governo, no lugar de Darci Caldo – ele é o único novo nome confirmado. Fernando Barauna, que era o adjunto na Procuradoria, ocupa a Procuradoria por enquanto. Nove pessoas de cargos de confiança foram exoneradas.

Foram soltos pelo TJ-MS após um dia de prisão: o ex-secretário de Estado de Saúde, João Paulo Barcellos Esteves, o vice-presidente da Câmara de Dourados, Sidlei Alves da Silva (DEM), o vice-prefeito de Ponta Porã, Eduardo Esgaib Campos e a esposa, Paula Alexsander Consalter, além de Helena Tsumori Uemura, Arany Eiko Tsumori Uemura, Maiza Harumi Uemura, Fabiano Gomes de Souza Uemura, Angela de Souza Carmucci, Zenelda Souza Araújo Benites, Ana Cláudia Barzotto, Doralina Bastos Soares Apolonio, Marilda Lopes de Souza, Vivian Rizo da Silva, Sandra Keiko Minohara, Alyne Silva Gomes, Leiko Terezinha Tamaki, Marizete Shmidt, Edson Hiroshi Ikeda, Darci Calado, Márcia Geromini Calado, Evandro Silva Rosa, André Luiz Freitas Tetila, Wilson Cezar de Medeiros Alves, José Odair Gallo, José Carlos Coineth de Oliveira, Humberto Teixeira Junior, Irionetti Fátima Ferreira, Clarice Sanches Silva, Jorge Antônio Dauzacker da Silva, Sandro Ricardo Barbara, Eduardo Dias Leite, Everaldo Leite Dias, Silvério Gonçalves Diniz Filho, Carlos Ioris, Carlos Roberto Assis Bernandes e Gilmar Corbari.

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