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Rural Terça-feira, 10 de Março de 2015, 16:21 - A | A

Terça-feira, 10 de Março de 2015, 16h:21 - A | A

Mato Grosso do Sul reduz queimadas em 31,6%, mas ainda é o 4º maior do país

Taciane Peres - Capital News

O Mato Grosso do Sul teve 2.439 focos de queimadas em 2014, sendo este o menor resultado registrado desde 1998, segundo levantamento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Apesar da redução 31,6% em relação aos 3.565 focos registrados em 2013, o Estado ocupa hoje o 4º lugar no ranking nacional de queimadas. Visando orientar os produtores para reduzir ainda mais as queimadas, o Senar-MS vai oferecer uma oficina sobre prevenção de queimadas durante a Dinapec 2015 (Dinâmica Agropecuária), entre os dias 11 e 13 de março, na sede da Embrapa Gado Corte. Na oficina 'Prevenção e controle a incêndios florestais', o instrutor Alberto Ribeiro abordará as principais causas de incêndios, que podem ser naturais ou artificiais.

"Naturais estão relacionadas a incidência de raios, principalmente na primavera e no verão. Já artificiais ocorrem com a ação humana, associada à condição climática, quando temos, por exemplo, estiagem em áreas em torno de cidade e as pessoas jogando algum material que pode originar a queimada, como cigarro acesso", explica Ribeiro. Para o instrutor, o principal motivo da redução nas queimadas registradas no Estado se deve ao monitoramento realizado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e dos Recursos Naturais Renováveis, junto ao Inpe, Brigada de Incêndio e empresas particulares. Segundo o levantamento do Inpe, os meses de maior preocupação, com maior incidência de focos, são agosto, setembro e outubro.

"A principal causa do aumento de casos neste intervalo do ano a estiagem, pois devido à baixa umidade, o risco de incêndios é maior", ressalta. Do dia 1º de janeiro a 04 de março deste ano foram contabilizados 391 focos de fogo em Mato Grosso do Sul. O instrutor Alberto Ribeiro destaca que os danos causados pelos incêndios florestais vão muito além da destruição da vegetação, pois impactam na fauna, empobrecem o solo, poluem o ar e trazem prejuízos financeiros aos produtores, assim como danos à saúde da população. Ribeiro destaca os cuidados que podem minimizar os prejuízos. "Uma alternativa é criar os aceiros, ou seja, retirar parte da vegetação nas proximidades da fazenda, impedindo que o incêndio tome maiores proporções", orienta.

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