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Economia Sábado, 15 de Novembro de 2014, 12:10 - A | A

Sábado, 15 de Novembro de 2014, 12h:10 - A | A

Preço da gasolina tem variação de até R$ 0,22 nos postos de Itaporã

Taciane Peres - Capital News

Os motoristas que abastecem o veículo nos postos de combustíveis do município de Itaporã já estão sentindo a variação do preço do litro da gasolina que está, em alguns postos, até R$ 0,22 mais caro. De acordo com informações do Itaporã News nos locais de abastecimento da cidade, o maior valor comercializado é de R$ 3,389, contra a opção mais barata de R$ 3,160. A diferença chega a 6,7% e, na prática, pode representar um gasto a mais de até R$ 11,45 a mais para encher um tanque de 50 litros. Essa diferença se colocada em prática daria para colocar mais 5 litros de gasolina no posto mais barato.

Aumento
A Petrobras anunciou na última quinta-feira (6) o aumento de 3% no preço da gasolina e de 5% no diesel. A diretoria da estatal vinha pressionando o governo por um reajuste dos preços dos combustíveis. Em geral, a Petrobras compra combustíveis no exterior e revende-os no Brasil por um preço mais baixo, controlado pelo governo, sócio majoritário da empresa. O governo faz isso na tentativa de conter a inflação no país, mas essa diferença afeta as contas da estatal.

Apenas nas últimas semanas, com a forte queda no preço do petróleo no mercado internacional, a estatal passou a importar e vender o combustível sem prejuízo.
Ainda assim, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tinha dito que a gasolina poderia subir no Brasil. Nos últimos meses, o ministro afirmou repetidas vezes que um reajuste de preço deveria acontecer neste ano. O último ajuste de preço dos combustíveis foi em 30 de novembro do ano passado, quando a Petrobras anunciou aumento médio de 4% na gasolina e de 8% no diesel, nas refinarias (nas bombas, diretamente para o consumidor, o reajuste podia ser outro).

Na época, especialistas calcularam que a alta da gasolina ao consumidor final seria de cerca de 3%. Em outubro do ano passado, a Petrobras tinha pedido ao seu Conselho de Administração uma nova política de preços, que previa reajustes automáticos e periódicos de combustíveis, conforme a necessidade de alinhamento com os valores praticados no mercado internacional. A fórmula desagradou a presidente Dilma Rousseff porque poderia aumentar a inflação e criar um mecanismo indesejável de indexação (aumentos automáticos sempre que uma determinada situação é atingida). A indexação foi um dos problemas para o país controlar a hiperinflação que existia até os anos 1990.
Analistas criticaram a decisão, dizendo que a falta de clareza sobre os critérios mantém incertezas para o mercado, em um momento em que a empresa enfrenta defasagem dos preços domésticos na comparação com os internacionais.

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