A Polícia Militar esteve em um acampamento de sem terra para cumprir uma ordem de despejo que foi expedida. A área onde o acampamento está instalado é de concessão da CCR MSvia, que desde o ano passado têm o domínio da rodovia.
Desde segunda-feira (1), integrantes do Movimento Sul Mato grossense da Agricultura Familiar (MAF), estão acampados às margens da BR-163, na saída para São Paulo.
A administradora do contorno ferroviário, local onde os barracos foram construídos, ALL (América Latina Logística), entrou com pedido de reintegração de posse da área.
Em entrevista para a reportagem do Capital News, o coordenador do MAF, Rodionei Merlin, disse que o movimento não irá sair do local, e que estão aguardando que a empresa responsável pela rodovia realize a retira dos barracos.
“Eles vão vir derrubar, mas nós iremos levantar o acampamento novamente”, destacou.
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Foto: Deurico/Capital News
De acordo com Rodionei, 600 pessoas estão acampadas no local. Existe ainda uma previsão de que mais integrantes do movimento venham do interior do Estado para se juntar à manifestação. “Quero colocar 2 mil pessoas aqui, para que nossa manifestação ganhe mais força”, afirmou.
O líder disse ainda que o acampamento saiu da Gameleira, e migrou para a BR-163, com o intuito de forçar o governo do Estado a agilizar a desapropriação de terras para assentá-los.
Sobre a notificação judicial, o coordenador do movimento, ressaltou que não foi lhes dado nenhum documento e que só foram notificados verbalmente.
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Foto: Deurico/Capital News