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Interior Quarta-feira, 09 de Julho de 2014, 11:52 - A | A

Quarta-feira, 09 de Julho de 2014, 11h:52 - A | A

Cursos capacitam indígenas e contribuem para nutrição em aldeias

Alessandra Marimon (Especial para o Capital News - www.capitalnews.com.br)

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS) capacitará até o fim de julho cerca de 90 indígenas em Mato Grosso do Sul, nos municípios de Caarapó, Aquidauna e Ponta Porã. Os indígenas participam atualmente de cursos relacionados ao processamento de alimentos, de capacitações voltadas à fabricação caseira de produtos de limpeza, corte e costura, artesanato em palha de milho e beneficiamento e transformação caseira da mandioca. As informações são da assessoria de comunicação da Famasul.

Segundo a assistente social da Secretaria Especial de Saúde Indígena de Mato Grosso do Sul (Sesai), Lilian Martins Jara, a capacitação possibilitou que cerca de 100 indígenas das aldeias Amambaí e Limão Verde fossem qualificados, desde o ano passado. “Capacitamos também as cozinheiras da Casai, que hoje alimentam com mais qualidade os enfermos. A melhora na nutrição das crianças é nítida e ainda verificamos mulheres com a pretensão de se tornarem empreendedoras”.

Os indígenas da etnia Guarani Kaiowá solicitaram ao Sindicato Rural do município outros sete cursos, que incentivam o empreendedorismo, a diversificação da fonte de renda e novas oportunidades de profissionalização. Os cursos de cultivo de mandioca, processamento caseiro da banana, do milho, de derivados da soja, de produção de alimentos saudáveis, controle de orçamento familiar e prevenção a incêndio florestal compõem a lista de capacitações requeridas, que ainda serão solicitadas ao Senar/MS.

O presidente do Sindicato Rural de Amambai, Diogo Peixoto, afirma ser necessária a criação de mecanismos para a independência financeira dos indígenas. “Para que o indígena tenha dignidade são necessários mecanismos, estudos e capacitações”.

Para o superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, os indígenas têm potencialidades que precisam ser estimuladas. “O desempenho dos indígenas nas capacitações não se difere em nada do desempenho dos demais profissionais que capacitamos. Vemos a necessidade de aumentar as qualificações nas aldeias para provocar o perfil empreendedor e motivar a diversificação de renda por meio da produção rural”.

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