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Rural Segunda-feira, 23 de Junho de 2014, 18:58 - A | A

Segunda-feira, 23 de Junho de 2014, 18h:58 - A | A

Drones surgem como alternativa para monitorar lavouras

Da Redação (MC)

Em rasantes sobre as lavouras, veículos aéreos não tripulados (vants), também chamados de drones, começam a se tornar ferramenta para aumentar a produtividade no campo. Hoje no mercado com preços mais acessíveis, sobrevoam o campo e funcionam com se fosse um olhar apurado sobre a propriedade. Com câmeras potentes, permitem, por exemplo, identificar pragas e doenças precocemente.

De acordo com informaçoes da CNA, os drones são desenvolvidos para uso militar, esses equipamentos passaram a ser testados no Brasil nos últimos anos por centros de pesquisa e grandes grupos do agronegócio. Mais recentemente, começaram a despertar a curiosidade de produtores. Concorrendo com imagens de satélite e fotografias aéreas feitas de avião, têm a vantagem do custo menor e mais agilidade no resultado.

- Os equipamentos mais modernos conseguem fazer imagens com qualidade superior à de satélites, ajudando a localizar deficiências no plantio a tempo de correção. É o olho do agricultor por cima da lavoura - explica Lúcio Jorge, que coordena as pesquisas com drones na Embrapa Instrumentação, com sede em São Carlos (SP).

Ao captar imagens aéreas, o equipamento ajuda a localizar falhas na plantação, áreas com excesso ou falta de água ou onde é preciso utilizar defensivos agrícolas. As fotografias feitas pelo drones são utilizadas para formar um mapa da lavoura. Há 15 dias, um dos drones da Embrapa sobrevoou, em caráter experimental, 150 hectares de uma plantação de algodão do grupo gaúcho SLC Agrícola, em Cristalina (GO). As mais de 2 mil fotos tiradas serão processadas em formato de mosaico e avaliadas para verificar se há alguma deficiência nutricional nas plantas.

- Estamos avaliando o quanto isso é eficiente para se observar diferentes problemas - ressalta Ronei Sana, coordenador de agricultura de precisão da SLC Agrícola.

Ao mesmo tempo em que centros de pesquisas e empresas testam os drones, produtores curiosos também começam a se aventurar na tecnologia. O agricultor Rogério Ceolin, 38 anos, comprou um equipamento há dois meses, por R$ 5 mil, para fotografar as obras nos silos da propriedade, em Tupanciretã.

- Não tinha muita ideia de como funcionava. Depois, vi que não era tão difícil de operar e já encomendei um software para programar o equipamento - explica o agricultor.

A ideia é usar o drone para monitorar áreas de lavouras e identificar problemas de fertilidade.

- Fazer imagens por satélite é muito caro - justifica Ceolin, que investiu mais R$ 2 mil em um software para o drone.
 

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