As investigações sobre a morte o empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32, executado no dia 1º de abril, após sair para negociar a venda de um veículo Golf, de cor prata foram concluídas nessa segunda-feira (14) e apontaram que as placas usadas no carro da vítima eram originais. Nesta terça-feira (15), a Polícia Civil deu detalhes do plano dos ladrões que conseguiram placas em uma empresa terceirizada credenciada ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MS).
Segundo a delegada titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Defurv), Maria de Lourdes Cano, responsável pelo caso, a placa foi encomendada ao estabelecimento via telefone. De acordo com a delegada o Detran/MS negou envolvimento com o caso. “Eles alegaram que não há registro de nenhum procedimento sobre o pedido da placa”, afirmou.
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Um dia antes de matarem Erlon bandidos tentaram roubar outro Golf, mas desencontro impediu golpe
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Arma foi encontrada enterrada em um terreno baldio perto da casa de Jefferson, no Dom Antônio Barbosa
Foto: Deurico/Capital News
Após ser assassinado, o empresário foi jogado dentro de uma fossa de aproximadamente 4,5 metros de profundidade. Os suspeitos usaram um rastelo e uma enxada para encobrir o corpo da vítima com entulhos. A menina também jogou um puff em cima da fossa para evitar que o corpo saísse do buraco caso chovesse.
Durante a coletiva, a delegada apresentou a enxada, quatro celulares, incluindo o da vítima, o relógio do empresário, a cadeira em que a vítima foi executada e um revólver de calibre 38, encontrado em um terreno baldio no Bairro Dom Antônio Barbosa. A arma pertencia a Jeferson dos Santos Souza, 21.
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Foto: Deurico/Capital News
À polícia, Jeferson afirmou que estava trabalhando e não sabia sobre o crime. Ele informou que emprestou o revólver depois de ser convencido de que Thiago estava sendo ameaçado por um ex-companheiro de sua namorada. Ele foi indiciado por posse irregular de arma de fogo e associação criminosa armada.
Maria de Lourdes também observou a frieza dos criminosos em relação ao caso e lembrou que a menor foi surpreendida pela polícia no momento em que mantinha relações sexuais com o namorado, na casa, onde a vítima foi assassinada. A residência pertence a um idoso que cedia a casa para a a jovem em troca de favores sexuais.
A delegada contou ainda que Thiago tinha fixação por veículos Golf e que havia várias fotos com o um carro do mesmo modelo, publicada em uma página na internet. Ao ser preso, Thiago disse não saber o que estava acontecendo, questionou os policiais se era sobre o desaparecimento do empresário e chegou a dizer que Erlon estaria “passeando com o veículo".
Thiago e Rafael serão indiciados por roubo qualificado, concurso de pessoas, emprego de arma de fogo, restrição de liberdade da vítima, associação criminosa armada, corrupção de menores e ocultação cadáver. A pena pode chegar a 50 anos de reclusão. A delegada destacou que a reconstituição sobre o caso será feita até a próxima semana. A adolescente foi levada e permanece em uma Unidade Educacional de Internação (UNEI).
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Fotos: Deurico/Capital News