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Saúde Sexta-feira, 14 de Dezembro de 2007, 08:48 - A | A

Sexta-feira, 14 de Dezembro de 2007, 08h:48 - A | A

Temporão diz que não há risco de colapso na saúde por causa do fim da CPMF

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ontem (13), em entrevista ao programa A Voz do Brasil, que não há risco de colapso no sistema de saúde pública por causa da perda dos recursos da Contribuição Provisória sobre Contribuição Financeira (CPMF).

"Não há nenhum risco de colapso, nenhum risco de que as pessoas fiquem sem atendimento do dia para a noite", afirmou na entrevista. Em agosto, ele havia apontado "risco gravíssimo de um colapso total no campo da saúde" se a cobrança não fosse prorrogada.

O ministro admitiu que todos os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a saúde, cerca de R$ 24 bilhões, estão comprometidos. Segundo Temporão, esses recursos seriam empregados na expansão de serviços, em medicamentos, na incorporação de novas vacinas, na expansão do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) para todo o Brasil, na conclusão de novos hospitais e policlínicas, em programas de saúde do idoso, entre outros projetos.

José Gomes Temporão disse ainda que a meta de aumentar em 50% o número de transplantes realizados no sistema público de saúde também está comprometida, porque estava ligada ao recebimento de recursos do PAC.

“Todas essas propostas estão completamente prejudicadas por essa decisão que lamentavelmente foi tomada pelo Senado e que atinge justamente a população que mais precisa do sistema de saúde pública, os mais pobres”.

Ele lembrou, no entanto, que os recursos para o atendimento básico da população são garantidos pela Constituição Federal, e disse que vai agir junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para minimizar esse impacto.

Segundo Temporão, a carta enviada pelo presidente Lula ao Senado, na qual se comprometia a transferir todos os recursos da CPMF para a saúde, resolveria o problema de subfinanciamento que o setor sofre.

Para o ministro, foi “um gesto de grandeza” do presidente Lula enviar a carta ao Senado. “A saúde pública brasileira está de luto hoje”, concluiu. (Com informações do Agência Brasil)


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