Uma empresa incubada na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, está prestes a comercializar kits que utilizam a saliva para medir o nível de estresse causado por exaustão física e mental. Segundo a Agência Fapesp, é o primeiro passo para substituir os exames de sangue por um procedimento menos invasivo.
Liderada pelo professor Foued Salmen Espindola, do Instituto de Genética e Bioquímica da UFU, as pesquisas estão voltadas, principalmente, para avaliar situações ligadas ao esporte.
- Nós usamos a dosagem de proteína total da saliva e a atividade da enzima alfa-amilase salivar - disse Espindola à Fapesp.
Um dos objetivos do desenvolvimento destes kits é oferecer uma simplificação, com inovação tecnológica, para determinar o limiar anaeróbico que é definido pela relação do consumo de oxigênio e o aumento contínuo do lactato sangüíneo durante uma atividade de exercício físico, como o teste de esteira ou de bicicleta ergométrica.
A medida do lactato é importante na fisiologia do exercício, na medicina esportiva, na educação física e para atletas de várias modalidades esportivas. Segundo Espindola, a análise de saliva pode oferecer um diagnóstico bioquímico de adaptação metabólica e da resistência à fadiga.