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Saúde Segunda-feira, 07 de Abril de 2008, 10:34 - A | A

Segunda-feira, 07 de Abril de 2008, 10h:34 - A | A

Mutações genéticas protegem contra a hipertensão

G1

Cientistas descobriram que mutações em três genes causam variação no padrão de pressão arterial na população mundial. Os pesquisadores que trabalham no Howard Hughes Medical Institute, nos Estados Unidos, estudaram a ocorrência das mutações na população do Estudo de Framingham.

Os três genes e suas mutações atuam no controle dos níveis de sal no corpo, interferindo diretamente na pressão arterial. Os cientistas estudaram esses genes por sua ligação com doenças hereditárias caracterizadas por pressão sanguínea baixa.

A quantidade de sal no nosso corpo é regulada principalmente nos rins, que manipulam quase dois quilos de sal a cada dia. Esse trabalho é influenciado direta e indiretamente por hormônios e pelo fluxo de sangue nesses orgãos.

A pesquisa, publicada na revista Nature Genetics, buscou a correlação clínica das mutações genéticas em cerca de três mil participantes do Estudo de Framingham. Esse estudo acompanha desde 1948, parte da população de uma cidade próxima a Boston e seus descendentes, buscando entender as doenças cardiovasculares e seus fatores de risco.

A partir da análise do genoma dos participantes, os cientistas concluíram que a ocorrência de uma mutação em pelo menos um dos genes, causa diminuição da pressão arterial, protegendo assim o indivíduo da hipertensão.

Segundo Richard Lifton, chefe do grupo de cientistas, 2% de toda a população mundial apresenta mutações em alguns desses genes, o que significa dizer que 100 milhões de pessoas estariam protegidas da hipertensão arterial.

A hipertensão arterial é uma doença que afeta milhões de pessoas e o conhecimento dos mecanismos que a controlam, pode levar a novas abordagens para seu tratamento.

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