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Saúde Quarta-feira, 09 de Janeiro de 2008, 09:14 - A | A

Quarta-feira, 09 de Janeiro de 2008, 09h:14 - A | A

MS não registra caso de febre amarela mas monitora a doença

Governo do MS

Desde dezembro de 2007 o Ministério da Saúde intensifica a vacinação da população contra febre amarela em Goiás e no Distrito Federal que tiveram casos confirmados. Agora, foi constadada em Mato Grosso uma suspeita de caso da doença.

O aparecimento do vírus em cerca de 30 municípios em Goiás fez o Ministério encaminhar mais 300 mil doses da vacina contra a doença. As doses somaram-se a outras 340 mil já entregues em dezembro desde as primeiras ocorrências de mortes de macacos no Estado.

Em Mato Grosso do Sul não há registro da doença em nenhum dos 78 municípios. Mesmo assim, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta a população que ainda não se vacinou contra a febre amarela ou que já terminou o prazo de validade da vacina (10 anos), a procurar uma das unidades de saúde e tomar a dose da vacina como forma de prevenção.

De acordo com diretor de Vigilância em Saúde da SES, Eugênio de Barros, as pessoas não podem deixar de se vacinar. “A vacina é a única maneira de prevenção contra a doença. É recomendada, especialmente, aos viajantes que se dirigem para localidades, como zonas de florestas e cerrados, e deve ser tomada dez dias antes da viagem para que o organismo possa produzir os anticorpos necessários”, afirma. Barros ainda revela que há décadas o Estado não registra caso da doença.

Febre amarela

A Febre amarela é uma doença infecciosa causada por um tipo de vírus chamado flavivírus, cujo reservatório natural são os primatas não-humanos que habitam as florestas tropicais.

Existem dois tipos de febre amarela:

a silvestre – transmitida pela picada do mosquito Haemagogu;
a urbana – transmitida pela picada do Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue.
Embora os vetores sejam diferentes, o vírus e a evolução da doença são absolutamente iguais. A febre amarela não é transmitida de uma pessoa para a outra. A transmissão ocorre quando o mosquito pica uma pessoa ou macaco infectado e depois pica uma pessoa saudável que não tenha tomado a vacina.

Antes de dezembro do ano passado, o último caso da doença em humano ocorreu em 1942, no Acre.

A maior quantidade de casos de transmissão da febre amarela no Brasil ocorre em regiões de cerrado. Porém, em todas as regiões existem áreas endêmicas de transmissão das infecções. Geralmente, onde existe a possibilidade de febre amarela, existe também para a malária e a dengue.

Sintomas

O período de incubação da doença é de três a sete dias após a picada. Os sintomas iniciais são: febre, cansaço, mal-estar e dores de cabeça e musculares (principalmente no abdômem). Náuseas, vômitos e diarréia também podem surgir.

Aproximadamente 15% dos casos também podem apresentar, além dos já citados, sintomas graves como: icterícia, hemorragias, comprometimento dos rins (anúria), fígado (hepatite e coma hepático), pulmão e problemas cardíacos que podem levar à morte. Uma vez recuperado, o paciente não apresenta seqüelas.

Diagnóstico

Os sintomas iniciais da febre amarela, dengue, malária e leptospirose são os mesmos. Portanto, é necessário a realização de exames laboratoriais para a diferenciação (por meio de sorologia).

Tratamento

Doente com febre amarela precisa de suporte hospitalar para evitar que o quadro evolua com maior gravidade. Não existem medicamentos específicos para combater a doença. Basicamente, o tratamento consiste em hidratação e uso de anti-térmicos que não contenham ácido acetilsalicílico. Casos mais graves podem requerer diálise e transfusão de sangue.

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