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Saúde Sábado, 29 de Março de 2008, 09:11 - A | A

Sábado, 29 de Março de 2008, 09h:11 - A | A

Ministério pesquisa o impacto da iodação do sal na saúde da população

Da Assessoria

A Coordenação Geral de Política de Alimentação e Nutrição (CGPAN) do Ministério da Saúde vai financiar uma pesquisa que se inicia na próxima segunda-feira, dia 31 de março, sobre o impacto da adição de iodo no sal na saúde da população em todo o país.

Trata-se da Pesquisa Nacional para Avaliação do Impacto da Iodação do Sal (PNAISAL). A intenção é saber se a quantidade do elemento no sal consumido está adequado para a saúde. A Organização Mundial da Saúde recomenda para o adulto um consumo de 150 microgramas por dia.

A pesquisa será executada pela Universidade Federal de Pelotas. Vinte mil crianças e adolescentes, entre 6 e 14 anos de todo o país terão a urina coletada e analisada. As análises dos 484 municípios brasileiros serão feitas pelo Instituto Adolfo Lutz.

Também serão feitas visitas às casas dos escolares. Os pesquisadores farão um questionário com os pais e coletarão o sal de cozinha, que será analisado. A intenção é cruzar todas essas informações para ter um panorama geral do consumo de iodo. Durante as visitas, também será distribuído o guia de bolso Como ter uma alimentação saudável, produzido pelo ministério.

O primeiro estado onde serão realizadas as visitas é o Rio Grande do Sul, depois Santa Catarina e assim por diante. O estudo levará 11 meses de coleta e mais um ano de análises para ficar pronto.

Papel do iodo no organismo

O iodo é necessário ao bom funcionamento da glândula tireóide. A deficiência deste elemento pode levar populações ao desenvolvimento dos Distúrbios por Deficiência de Iodo (DDI), como o bócio – papo que pode dificultar a respiração – e o cretinismo, que provoca retardo mental irreversível. As fontes do iodo são: o sal iodado; os produtos do mar; leite e produtos lácteos; e ovos de animais que tenham recebido ração com iodo. Crianças devem consumir 90 microgramas de iodo por dia e adultos 150 microgramas.

O Ministério da Saúde recomenda o consumo de no máximo uma colher de chá rasa por pessoa de sal, distribuída em todas as refeições.

Histórico das ações do Ministério da Saúde em relação à adição de iodo no sal

1953 - Ministério da Saúde obriga a iodação do sal no Brasil para prevenção do bócio.

1974 - Pela Lei 6.150 tornou-se obrigatória a adição de iodo no sal para consumo humano e cada grama de sal deveria conter de 10 a 30 mg de iodo metalóide.

1975 – O ministério estabeleceu padrões de qualidade e de identificação do sal.

1983 – Foi criado o Programa de Combate ao Bócio Endêmico.

1994 - Criação do Programa Nacional de Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo.

No Brasil, os Distúrbios por Deficiência de Iodo foram detectados como problema de saúde pública na década de 50, quando cerca de 20% da população apresentava bócio. Com o propósito de reduzir estas altas prevalências, o governo federal, em parceria com o setor produtivo, adotou a iodação universal do sal. Desde o estabelecimento da obrigatoriedade de adição de iodo no sal, o Ministério da Saúde realizou quatro pesquisas para avaliar o impacto desta intervenção. Houve uma significativa redução nas prevalências de bócio (20,7% em 1955; 14,1% em 1974; 1,3% em 1984; e 1,4% em 2000).

Mais informações

Atendimento ao cidadão

0800 61 1997 ou 61 3315-2425

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