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Saúde Sexta-feira, 14 de Março de 2008, 14:37 - A | A

Sexta-feira, 14 de Março de 2008, 14h:37 - A | A

Ministério da Saúde continua monitorando casos de febre amarela no País

Helton Davis

Dos onze casos de febre amarela notificados em Mato Grosso do Sul, o Ministério da Saúde confirmou oito notificações e um óbito. Outros dois casos foram descartados. A única vítima que resultou em óbito era moradora do município de Maracajú.

Os outros seis casos confirmados são de turistas não vacinados que visitaram os municípios de Bonito e Água Clara. Duas notificações registradas na fronteira com o Paraguai – próximo dos municípios de Bela Vista e Ponta Porã –, foram consideradas como sendo de Mato Grosso do Sul.

O único óbito ocorreu em janeiro deste ano. Nos primeiros exames de sorologia feitos pelo Lacen (laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul) o resultado já havia dado positivo, mas como o paciente relatou que havia vacinado alguns dias antes de apresentar os sintomas e, em casos assim a vacina pode fazer com que o resultado dê positivo, a confirmação final precisava ser esclarecida com outros exames para constatar se realmente o motivo da morte era febre amarela.

Foram coletadas amostras de sangue total, biopsia hepática e outros e encaminhados para o Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA) – referência sobre o assunto no Brasil – quatro dias depois do ocorrido. Após dias de exames e observações, o instituto confirmou a causa da morte ao Ministério da Saúde e à SES.

Mesmo antes da confirmação da morte por febre amarela, em Maracajú, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) já estava atuando na prevenção da doença nos 78 municípios do Estado, afirma o diretor de vigilância em saúde, Eugênio Barros.

De acordo com o diretor, a secretaria não esperou a confirmação de nenhum resultado para realizar uma ação mais intensiva de prevenção no estado, principalmente nos municípios que registraram a confirmação dos casos. A secretaria prosseguiu com o trabalho de orientação para a população tomar a vacina, fazer a limpeza dos quintais e não deixar focos de água parada para a proliferação do mosquito Aedes aegpyti ( transmissor da doença ), afirma.

Desde 1º de janeiro de 2008 até ontem (13), o ministério confirmou 38 casos da doença e 20 óbitos no Brasil. O estado de Goiás é o primeiro da relação com 21 confirmações e 13 óbitos; em seguida está Mato Grosso do Sul; depois vem Distrito Federal com cinco confirmações e três óbitos, logo em seguida está Mato Grosso com dois casos confirmados e duas mortes; por último Paraná com duas notificações e um óbito. Os estados do Acre, Minas Gerais, Pará, Rondônia e Tocantins tiveram apenas notificações de casos suspeitos.

Ministério

Dados do Ministério da Saúde apresentam que, entre 1996 e 2007, o Brasil registrou 349 casos de febre amarela silvestre, com 161 óbitos. No ano passado, houve a notificação de seis casos da doença no País, sendo dois no estado do Amazonas, dois em Goiás, um em Roraima e outro no Pará. Das pessoas que contraíram a doença, cinco morreram.

Em Mato Grosso do Sul, o último registro da doença data no início da década de 90. Este ano, de acordo com levantamento da SES, com o surgimento das epizootias, até nesta sexta-feira (14), 874.080 doses já foram distribuídas e 659.029 aplicadas. ( com informações do Notícias MS )



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