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Saúde Sábado, 05 de Abril de 2008, 11:03 - A | A

Sábado, 05 de Abril de 2008, 11h:03 - A | A

Médicos da Capital irão ao Rio combater a dengue

Da Redação

A experiência médica no tratamento da dengue será compartilhada com os profissionais do Rio de Janeiro, estado que atualmente enfrenta uma epidemia da doença. Seis médicos embarcam nesse domingo para a capital carioca, onde permanecem por pelo menos 10 dias reforçando as equipes, de vários estados do País, que atenderam aos apelos do secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, para tentar minimizar os efeitos da grave situação enfrentada por aquele Estado.

Para informar sobre a situação que vão encontrar e oferecer um estímulo a cada profissional, o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho esteve reunida na manhã desse sábado (05.04) com os médicos que, neste domingo, embarcam para o Rio de Janeiro para atuar na assistência aos pacientes com dengue. O encontro, realizado no gabinete de Nelsinho, também teve a presença do secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O titular da Sesau fez um breve relato de sua ida à capital carioca, a convite de Sérgio Côrtes, quando esteve reunido com secretários e coordenadores para falar sobre a experiência de Campo Grande no tratamento da doença, durante a epidemia de 2007. “No ano passado, enfrentamos formas leves e graves da doença. Estamos enviando para o Rio, principalmente, os profissionais que trataram os casos mais graves”, informou Mandetta a respeito dos médicos infectologistas que vão para o Rio de Janeiro.

De acordo com a médica infectologista Márcia Dal Fabro, que passou dois dias no Rio de Janeiro, como os pacientes não estão recebendo a atenção básica, eles se dirigem diretamente para os hospitais. “Com certeza, nossa experiência de atenção básica será importante, porque ela funcionou muito bem no ano passado. O paciente só deve ir para o hospital em último caso”, observou a médica ao lembrar que a experiência de hidratar o paciente enquanto aguarda atendimento, será sugerida aos profissionais que estão no Rio.

“Não vamos ensiná-los a trabalhar, isto eles já sabem. Queremos mostrar como atuamos na epidemia e reduzimos ao máximo os riscos de óbito”, ponderou Márcia Dal Fabro. Durante a epidemia de dengue, Campo Grande registrou duas mortes, sendo que uma delas o paciente veio de outro município em estado grave. A médica informou que deverá ser definido um protocolo de atuação, para que fique claro o papel de cada profissional Durant sua permanência no Rio. Segundo ela, a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro pretende envolver todos os serviços e universidades no atendimento aos pacientes.

“A situação é grave, mas não se pode ficar chorando o leite derramado. Quando entendemos isto e partimos para a solução do problema, as coisas começaram a caminhar”, afirmou Nelsinho Trad sobre a conduta adotada em Campo Grande tão logo ficou caracterizado que a cidade estava enfrentando uma epidemia de dengue. Ele enfatizou que não se pode perder tempo, “principalmente em relação às crianças que estão morrendo por falta de hidratação”, observou o prefeito.

Nelsinho percebeu que o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes está muito abatido com a situação. Ele mesmo ficou impressionado com o que viu ontem, na capital carioca, onde numa tenda várias crianças ocupavam uma única maca. “Este é o momento de todos se darem as mãos e ajudarem o Rio. Não é preciso trazer médico de Cuba, o Brasil têm muitos médicos bons. A situação é muito grave e, pelo que me informaram, a epidemia não chegou nem na metade”, considerou o prefeito antes de encerrar o encontro com os médicos. (Da Assessoria)

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