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Saúde Quarta-feira, 12 de Março de 2008, 11:13 - A | A

Quarta-feira, 12 de Março de 2008, 11h:13 - A | A

Médicos brasileiros fazem levantamento sobre o câncer de mama no país

G1

Médicos brasileiros vão montar um banco de dados com as características do câncer de mama no país. O tumor é o mais comum e o que mais causa mortes entre as mulheres brasileiras. O Ministério da Saúde espera que quase 50 mil novos casos sejam confirmados ao longo de 2008.

O projeto do Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM), que já passou por uma fase piloto no ano passado no Rio de Janeiro, agora será ampliado para o resto do país. Ao todo, 30 centros, em todas as regiões, participam do levantamento. O objetivo é entender a realidade do câncer de mama no Brasil, para ajudar na prevenção e no tratamento da doença.

Para o coordenador da iniciativa, Sérgio Simon, há poucas informações sobre o assunto disponíveis no país. “Não sabemos quase nada sobre o câncer de mama por aqui. E o pouco que sabemos é cheio de lacunas”, afirmou ele ao G1.

Há dois grupos principais de mulheres sendo avaliados pelo projeto. O primeiro é o das pacientes tratadas em 2001, que já passaram pela janela de cinco anos que os médicos usam para avaliar se a mulher foi curada ou não. Ao todo, 1500 mulheres estão sendo estudadas. “Esse é um grupo importante, porque permite que nós acompanhemos a evolução do câncer após o tratamento”, explica Simon.

O segundo grupo, é mais recente, e ainda está sendo formado: o das mulheres que foram diagnosticadas em 2006.

Os médicos querem saber qual a idade média das pacientes com câncer de mama, por exemplo, e como elas respondem ao tratamento. Com essas informações, será mais fácil montar estratégias de combate à doença.

A maior parte dos dados levantados estará acessível apenas para os cientistas envolvidos no projeto fazerem pesquisas na área. Mas as informações importantes para a saúde pública serão passadas para o governo e para a população em geral. "Nosso objetivo principal é a pesquisa médica, mas também queremos auxiliar, se possível, as políticas públicas", disse Simon.

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