Campo Grande Segunda-feira, 06 de Maio de 2024


Saúde Sábado, 26 de Janeiro de 2008, 10:09 - A | A

Sábado, 26 de Janeiro de 2008, 10h:09 - A | A

Ações revertem índices de infestação de dengue na Capital

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O índice de infestação do mosquito da dengue em Campo Grande fechou 2007 com números animadores. Segundo Alcides Ferreira, chefe do Serviço de Vigilância Epidemiológica do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que hoje está em 0,41% demonstra que as ações e a resposta da comunidade contribuíram para a reversão dos números na Capital.

“Fechamos novembro e dezembro de 2007 com números bem melhores que os registrados no levantamento anterior. Isso significa que o trabalho intensivo dos agentes comunitários, as ações de incentivo do poder público, como a gincana que premiou com R$ 30 mil em dinheiro e a reposta da comunidade é o resultado de uma equação que fez a diferença em Campo Grande”, resumiu Alcides Ferreira.

O chefe de Vigilância Epidemiológica explicou que bairros que antes apresentavam índices preocupantes, agora estão com números considerados dentro da normalidade. Outros até surpreenderam, conseguindo índices perto de zero e citou como exemplo, a região das Moreninhas.

“As regiões das Moreninhas e do Aero Rancho já foram motivo de muita preocupação porque são populosas e apresentavam índices altos de notificação e confirmação da doença. No entanto, hoje são regiões que conseguiram reverter estes índices e vivem uma nova realidade. No Aero Rancho, hoje o índice de infestação está em 0,18%, e nas Moreninhas, temos a satisfação de revelar que hoje é de 0,01% graças ao trabalho de todos”, revelou satisfeito Alcides Ferreira.

As sete regiões de Campo Grande foram subdivididas em 74 grandes bairros. Destes, apenas sete apresentam índices preocupantes. Para a Organização Mundial de Saúde, índices de infestação acima de 1% significam risco de epidemia.

“Na contrapartida dos bairros que conseguiram reverter a situação, temos outros que ainda são motivo de muita preocupação para nós. O Jardim Autonomista e os bairros São Francisco e Taveirópolis estão com 1,08% de infestação. O Jardim Bela Vista apresentou 1,35%, o Santa Fé com 1,45% , TV Morena com 1,67% e o Cabreúva é o que apresenta o maior índice com 1,77% de infestação”, informou Alcides.

Segundo o chefe de Vigilância Epidemiológica, outra questão preocupante diz respeito aos imóveis fechados. “No Cabreúva, também registramos o maior número de domicílios que não puderam ser visitados porque estavam fechados, foram 19% no total. Em todos estes locais, nós reforçamos as ações e esperamos reverter isso no próximo levantamento”, discriminou Alcides Ferreira.

Alcides explicou, ainda, que 18 bairros apresentaram índice entre 0,51% e 0,96% e todos os outros 49 ficaram entre 0,49% e 0,01%. Ele revelou que o levantamento foi realizado durante os meses de novembro e dezembro e que o trabalho de vigilância continua ininterrupto, por causa do período intenso de chuvas. “Todos os nossos 420 agentes estão nas ruas, vistoriando casa por casa e redobrando as atenções nos prontos estratégicos, como as borracharias. É preciso que continuemos em alerta, porque janeiro é um mês de muita chuva. Cada um de nós precisa manter vigilância e trabalho contínuos de combate à dengue”, enfatizou Alcides.

Na avaliação do chefe do Serviço de Vigilância Epidemiológicoa, a atenção não deve ser direcionada apenas às moradias. “O ambiente de trabalho, a região em torno da moradia devem estar livres de qualquer possibilidade de surgimento de focos para o mosquito transmissor da dengue. No que diz respeito à dengue, precisamos ser pró-ativos para vencer esta batalha”, alertou em tom de conscientização.

Até agora, nos 21 primeiros dias de 2008, foram confirmados três casos de dengue. Em janeiro de 2007, no auge da epidemia, Campo Grande registrou 2.813 casos da doença.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS