As ações definidas durante a Oficina sobre Trigo no Brasil, realizada nos dias 4 e 5 de agosto, em Brasília, podem ter impacto direto na produção do trigo em Mato Grosso do Sul.
Isso porque o potencial tritícola do Estado é muito grande e não está sendo explorado, principalmente por dificuldades para a comercialização do produto no País, diz o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Claudio Lazzarotto. O encontro reuniu governo federal, pesquisadores e entidades representativas da cadeia produtiva do trigo.
Durante a oficina, foi elaborado um documento com todas as ações que precisam ser implementadas para que seja alcançada a meta do governo federal de produzir, até 2012, 70% do trigo consumido no País. “Isso envolve ações que vão desde o incentivo ao consumo do produto, passando por logística de transporte e armazenamento, além do desenvolvimento de tecnologias para a melhoria e estabilidade da produção e qualidade do trigo nacional”, explica Lazzarotto acrescentando que “o objetivo do governo brasileiro é adequar a produção do País tanto às demandas do mercado interno quanto do externo”.
Durante o encontro, a Embrapa Agropecuária Oeste defendeu três pontos: fortalecimento do setor de produção de sementes em Mato Grosso do Sul; viabilização do setor de armazenamento e comercialização, inclusive com a intervenção direta da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e transferência de tecnologia para a sistema de produção de trigo, especialmente, nos estados considerados como “marginais” em relação ao Paraná e Rio Grande do Sul, os maiores produtores de trigo do País.
A oficina foi promovida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), pelo Comitê Gestor do Fundo do Agronegócio e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnologia (CNPq). Notícias Agrícolas