A indústria sucroalcooleira deverá moer um total de 612,21 milhões de toneladas de cana este ano, um recorde nacional, segundo mostra o terceiro levantamento feito pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado nesta quarta-feira (16).
A quantidade é menor que a estimativa de setembro, porém, 7% maior que a safra 2008/09. A produtividade média também aumentou, cerca de 0,4% sobre a temporada anterior, passando para 81.293 quilos por hectare.
De acordo com o levantamento, a lavoura está ainda em fase de colheita, mas a variação menor da produção deve-se ao excesso de chuvas ocorrido entre julho e novembro, principalmente na região Centro-Sul, que deixará boa parte dos grãos para a próxima safra, além de ter afetado o teor de sacarose.
Do total de cana esmagada, cerca de 54% (336,2 milhões de toneladas) se destinam à produção de 25,8 milhões de litros de álcool. Deste volume, 18,2 bilhões de litros são do tipo hidratado e 7,6 milhões do anidro. O etanol (hidratado) tem uma redução de exportação de cerca de 1,5 bilhão de litros em relação à safra passada, que foi de 4,9 bilhões de litros. Segundo a Conab, o mercado interno sinaliza positivamente, com maior crescimento de consumo, em função do aumento da frota de veículos flex-fuel que representam 90% dos carros leves.
Já o restante da cana moída, cerca de 45% (276 milhões de toneladas), vai para a produção de 34,6 milhões de toneladas de açúcar, das quais 24 milhões de toneladas devem ser exportadas, principalmente para Índia e Rússia.
A cana destinada ao setor sucroalcooleiro ocupa a maior área de plantio, estimada em 7.531 mil hectares, distribuída nos estados de São Paulo (4.101 mil há), Paraná (590,1 mil); Minas Gerais (587,1 mil); Goiás (520,3 mil); e Alagoas (448 mil).
Por: Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)
