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Política Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2011, 12:06 - A | A

Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2011, 12h:06 - A | A

Audiência sobre Lei do Silêncio divide opiniões na Câmara

Eduardo Penedo - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Para dar sensação de Casa cheia a audiência pública sobre a aprovação da emenda que modificou nesta semana a Lei do Silêncio, em Campo Grande, foi transferida do Plenário Oliva Enciso para o plenárinho. Cerca de 100 pessoas estavam presentes.

Com a aprovação da emenda caiu a decisão judicial que proibia a realização de shows no Parque de Exposição Laucídio Coelho. O projeto modificado só entra em vigor a partir da sanção do prefeito da cidade, Nelsinho Trad, do PMDB. Ele anunciou ontem que ainda havia definido se ia ou não homologar a emenda.

A audiência foi presidida pela presidente da Comissão Permanente de Educação, Cultura e Desporto Professora Rose (PSDB) e contou com vereadores Paulo Siufi, Lídio Lopes, Dr. Jamal Salem, Athayde Nery, João Rocha, Thais Helena, Flávio César, Vanderlei Cabeludo e Alex.

Marcaram presença na reunião o delegado da DEOPS (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social), Antônio Silvano Rodrigues Mota; o secretário Marcos Cristaldo da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbanístico); o advogado Eduardo Cury, representante dos promotores de eventos; o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia; e também o ex-vereador e presidente da Associação de Moradores do Bairro Jockey Club, Waldemir Poppi.

A figura mais esperada da audiência o promotor Alexandre Lima Raslan, autor da ação que motivou a determinação judicial que proíbe a realização de shows no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, foi convidado, mas não pode ir em razão de um compromisso oficial.

O ex-vereador Waldemir Poppi, autor da Lei do Silêncio, de 1996, destacou que o barulho produzido pelos shows no Parque de Exposições afeta cerca de 30 mil moradores das proximidades, em bairros como Jockey Club, Vila Progresso, Vila Carvalho, Jardim América, dentre outros. Poppi afirmou ainda que o horário de início dos shows também é um problema, pois a maioria dos eventos começa depois da 1 hora da madrugada.

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Foto: Deurico/Capital News

Poppi ressaltou ainda a questão da desvalorização dos imóveis, que estão tendo os valores reduzidos por conta do barulho constante produzido pelos shows realizados no local. Poppi defendeu a Lei Complementar aprovada pelos vereadores que reduzem os shows no Parque de Exposições a algumas datas específicas do ano, já tradicionais no calendário de eventos do município.

O delegado da DEOPS, Antônio Silvano Rodrigues Mota disse aos presentes que o papel da Delegacia é aplicar a legislação municipal, sendo responsabilidade de cada do município elaborar a sua própria regulamentação sobre o assunto. “Nossa obrigação é fiscalizar e garantir a tranqüilidade de população com base nas leis vigentes no município”, afirmou Antônio Silvano.

O presidente da Câmara Paulo Siufi (PMDB) disse que já está na hora de Campo Grande ter uma casa de shows com acústica adequada. “Campo Grande é uma Capital desenvolvida e já passou da hora de termos uma Casa de Shows adequada a realidade de nossa cidade. Um local com acesso facilitado para veículos, com amplo estacionamento, para darmos conforto aos freqüentadores e também aos moradores das proximidades”, afirmou Siufi.

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Foto: Deurico/Capital News


Por Eduardo Penedo - Capital News (www.capitalnews.com.br)

 

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