Campo Grande Quinta-feira, 25 de Abril de 2024


Polícia Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2019, 18:50 - A | A

Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2019, 18h:50 - A | A

OPERAÇÃO FANTOCHE

Em MS, alvos de operação foram 11 projetos executados pelo Sesi

PF cumpriu mandados na sede da Fiems, bem como na antiga casa do presidente da instituição

Caroline Carvalho
Capital News

Caroline Carvalho/Capital News

Em MS, alvos da Operação foram projetos executados entre 2010 e 2014

Presidente da Fiems, Sergio Longen, concedeu entrevista coletiva esta tarde, onde deu maiores detalhes sobre operação

Em operação desencadeada nesta terça-feira (19), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Fiems (Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul) e na antiga casa do presidente da Instituição, Sergio Longen. No estado, os alvos foram onze projetos culturais, executados de 2010 e 2014. 

 

A ação investiga um esquema de corrupção envolvendo contratos com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S. Segundo as investigações, um grupo de empresas, sob controle da mesma família, teria desviado mais de R$ 400 milhões em contratos superfaturados ou com inexecução parcial, que eram na maioria das vezes para execução de eventos culturais, desde 2002. 

 

Em Mato Grosso do Sul, foram apreendidos documentos referentes aos projetos Cine Sesi, que teve quatro edições; Na Ponta da Língua, realizado em duas etapas; duas edições do Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito); além dos projetos Fábrica Verde, Em Nome da Cidade e Arte no Canteiro. 

 

De acordo com o presidente da Fiems, Sergio Longen, os serviços se deram por meio de processo de licitação, na modalidade concorrência, e foram executados pelas empresas Instituto Origami, IMDC (Instituto Mineiro de Desenvolvimento) e IPCB (Instituto de Produção Cultural Brasileiro). Ele não soube detalhar, no entanto, a origem das empresas e quais podem estar ligadas ao esquema criminoso. 

 

Em entrevista coletiva concedida nesta tarde, Logen afirmou que todos os projetos foram executados em sua totalidade, com as respectivas prestações de contas aprovadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU), e não tem conhecimento de nada ilícito.

 

“Da nossa parte, tudo foi feito com lisura, e a gente espera a conclusão disso [da operação]. Eu entendo que todo o processo realizado na Fiems pela nossa área técnica - até porque não sou eu que faço as licitações, mas temos uma área que acompanha isso - é juridicamente embasado”, disse.

 

Sobre as ações de busca e apreensão realizadas em sua antiga casa, ele afirmou não saber quais documentos foram encontrados. “Eu não sei, eu não moro lá. Não posso dizer o que a Polícia Federal foi fazer no meu antigo endereço, que eu estou fora há mais de dois anos. Aquele apartamento pertence a minha ex-esposa, e está alugado a uma pessoa há mais de um ano”. 

 

Além de em Mato Grosso do Sul, foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas. Durante a operação, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, foi preso pela PF.   

 

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS